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Brasil usa todos os atacantes em Tóquio, e pouca eficiência vira desafio

Richarlison é o artilheiro da seleção brasileira olímpica em Tóquio, com três gols marcados - Lucas Figueiredo/CBF
Richarlison é o artilheiro da seleção brasileira olímpica em Tóquio, com três gols marcados Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

26/07/2021 04h00

O técnico André Jardine já colocou em campo todos os seis atacantes convocados para a seleção brasileira nas duas primeiras rodadas do futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio: Antony, Gabriel Martinelli, Malcom, Matheus Cunha, Paulinho e Richarlison. Apesar da proximidade de classificação graças à vitória sobre a Alemanha e ao empate diante da Costa do Marfim, a pouca eficiência do ataque tem sido uma preocupação.

De acordo com as estatísticas, o Brasil finalizou 29 vezes nos dois primeiros jogos das Olimpíadas e isso de forma isolada pode ser lido como um número positivo. O problema é que foram quatro gols marcados, o que significa que são necessários mais de sete chutes em média para balançar as redes uma única vez. Além disso, do total de 29 finalizações foram 16 certas, um pouco mais de 55% do total.

O que os números mostram é que a seleção brasileira é um time de imposição que cria muitas chances, mas que ao mesmo tempo tem dificuldade para converter tudo isso em gols. Na estreia a impressão geral foi de que dava para fazer mais do que os quatro gols na Alemanha. Houve até quem lembrasse do 7 a 1 de 2014 para pensar numa possível vingança, como Galvão Bueno. Já na segunda rodada, mesmo com um jogador a menos durante 70 minutos, foram oito chutes sem tirar o zero do placar.

André Jardine tem procurado colocar foco no volume de chances criadas e não na falta de eficiência. Ontem (25), disse o seguinte: "A sensação é de que merecíamos a vitória mesmo com um jogador a menos e mais ainda após a expulsão deles, quando tivemos situações para definir o jogo. Fica um sentimento positivo para o resto da competição." Na estreia ele tinha elogiado a atuação "convincente" com placar injusto "pelo volume de situações que perdemos".

Dos quatro gols marcados contra a Alemanha foram três de Richarlison e um de Paulinho. Os atacantes serão colocados à prova de novo na quarta-feira (28), às 5h, em Saitama, contra a Arábia Saudita. O time é líder do Grupo D com os mesmos quatro pontos da Costa do Marfim, mas um gol a mais de saldo.

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Minutos jogados dos atacantes em Tóquio:

Matheus Cunha - 173 minutos (1 assistência)
Richarlison - 155 minutos (3 gols)
Antony - 150 minutos
Malcom - 55 minutos
Paulinho - 41 minutos (1 gol)
Gabriel Martinelli - 23 minutos