Thiago Arantes diz que espanholas estão 'passando por cima' de crise

Na opinião do repórter Thiago Arantes, as jogadoras da seleção espanhola estão lidando bem com os conflitos internos envolvendo o elenco, a federação e a comissão técnica. A declaração foi feita no Joga Junto, programa que o UOL Esporte transmite diariamente durante o Mundial.

'Jorge Vilda tem méritos pontuais'. "Herói, o Jorge Vilda não é. Por tudo o que tem acontecido desde setembro do ano passado. [...] Absolutamente impossível dizer que ele é um herói. A Espanha não chegaria aonde chegou sem jogadoras da qualidade que tem. Poderia chegar com outro técnico, mas não o contrário. Ele tem méritos pontuais. No jogo contra a Suécia, ele faz uma alteração que melhora o time. Mas, outro treinador poderia ter feito".

'Jogadoras estão conseguindo passar por cima'. "Se a Espanha for campeã do mundo, são dois cenários: um, o Vilda é colocado como um dos grandes responsáveis por isso e continuar; o outro é as jogadoras falarem que não querem mais o técnico, já que, campeãs do mundo, podem exigir mais. Vejo mais o segundo cenário. [...] É uma situação difícil, mas que as jogadoras, de alguma forma, estão conseguindo passar por cima. Até porque, para algumas delas, é possivelmente a última Copa do Mundo".

Conflito entre jogadoras e federação antes da Copa

Várias jogadoras da seleção espanhola entraram em conflito com a comissão técnica e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) antes da Copa do Mundo Feminina. A situação ficou clara durante a comemoração das atletas após a classificação para as semifinais, quando elas ignoraram o treinador Jorge Vilda.

O conflito veio à tona em setembro de 2022, quando 15 jogadoras espanholas enviaram uma carta à federação pedindo melhorias estruturais. Além disso, elas diziam que o ambiente era "tóxico" e criticavam os métodos de Jorge Vilda e da comissão técnica.

As signatárias da carta, que em sua maioria atuavam pelo Barcelona, deram um ultimato à federação: se Vilda não fosse demitido, elas não jogariam mais pela seleção. A RFEF, por sua vez, expôs o conteúdo da mensagem e deu respaldo ao treinador.

A repercussão com a torcida espanhola não foi boa, tanto que algumas jogadoras negaram o pedido de demissão do técnico, alegando que a carta pedia apenas mudanças estruturais.

Das quinze signatárias, doze não foram à Copa do Mundo, enquanto Bonmatí , Caldentey e Batlle - todas do Barcelona - estão no Mundial.

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Opinião

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