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Flu volta a falhar em momento decisivo e se vê diante de velha encruzilhada

Fernando Diniz, técnico do Fluminense, durante duelo contra o Unión Santa Fe, pela Libertadores - Mailson Santana/Fluminense FC
Fernando Diniz, técnico do Fluminense, durante duelo contra o Unión Santa Fe, pela Libertadores Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

20/05/2022 04h00

O Fluminense voltou a falhar em um momento decisivo, e, além de ver a classificação às oitavas da Sul-Americana virar missão complicada após o empate sem gols com o Unión Santa Fe-ARG, uma velha pauta retorna às Laranjeiras. O clube retorna à encruzilhada sobre priorizar competições, enquanto o técnico Fernando Diniz ainda inicia o trabalho e tenta fazer a equipe engrenar.

Apesar do título do Campeonato Carioca, o primeiro semestre não teve um saldo positivo ao Tricolor até aqui. O Flu foi eliminado na terceira fase preliminar da Libertadores e depende de uma soma de fatores considerados improváveis para chegar ao mata-mata do outro torneio continental que disputa.

Fernando Diniz, anunciado há menos de um mês, ainda não perdeu — foram três vitórias e dois empates —, mas reconhece que o time ainda precisa de ajustes para encaixar de vez. Na tentativa de implantar um novo estilo de jogo, encontra alguns obstáculos e estuda soluções.

Ontem (19), por exemplo, escalou o volante Yago Felipe como lateral-direito, mesmo com Samuel Xavier e Calegari à disposição. Além disso, reforçou a ideia de ter Ganso e Nathan juntos em campo — algo que apontou contra o Palmeiras, mas a lesão do camisa 10 atrapalhou novas oportunidades.

"O que não correspondeu é que queríamos ter jogado um pouco melhor tecnicamente para ter conseguido vencer. Faltou um pouco de profundidade ao time hoje, mas espírito de luta, que era a base, tivemos do início ao final do jogo, e o empate acabou sendo justo", disse Diniz, após o duelo no Estádio 15 de Abril.

O jogo contra o Oriente Petrolero, na Bolívia, último da fase de grupos da Sul-Americana, será na próxima quinta-feira (25), em meio a uma sequência que pode ser importante no Campeonato Brasileiro. No domingo (22), o Tricolor encara o Fortaleza fora de casa, e depois tem o clássico com o Flamengo, o Juventude, em Caxias do Sul, e o Atlético-MG, em casa, todos pelo Brasileirão.

Após o triunfo sobre o próprio Petrolero, no Maracanã, na estreia na Sul-Americana, o então técnico Abel Braga já havia colocado à mesa essa questão, e até expôs uma ideia diferente da diretoria.

"Para mim, não [tem competição prioridade]. Eu gostaria que chegasse alguém e falasse "ó, vamos priorizar essa", mas ninguém fala nada, então nós vamos jogando. Um dia melhor do que o outro (...)", disse, na ocasião.

Os resultados obtidos nestes momentos cruciais até aqui contrastam com o perfil do elenco que foi montado e até com as pretensões apontadas pela cúpula do clube. Na janela de transferência do começo do ano, o Flu foi ao mercado e se reforçou com jogadores mais experientes, buscando deixar o elenco mais "cascudo" e auxiliar na mescla com os mais jovens.

"Acredito que, em 2022, montamos um time para ter chance de ganhar as quatro competições que vamos disputar [Carioca, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro]. É muito difícil ganhar as quatro. Para qualquer clube, é muito difícil ganhar três, quatro competições no ano, mas acho que a gente chegue em condições", disse o presidente Mário Bittencourt, ainda em janeiro.

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