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Luiz Henrique ressurge em meio à contagem regressiva, e Flu avalia mercado

Luiz Henrique chora após decidir vitória do Flu e revela conselho de Diniz - DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Luiz Henrique chora após decidir vitória do Flu e revela conselho de Diniz Imagem: DHAVID NORMANDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/05/2022 04h00

Herói da vitória sobre o Junior Barranquilla, que deixou o Fluminense ainda vivo na Sul-Americana, Luiz Henrique ressurge em meio à contagem regressiva nas Laranjeiras. Cria da base e já negociado junto ao Betis, da Espanha, o jovem de 21 anos foi peça importante novamente após atravessar uma fase com atuações abaixo do esperado.

O adeus do atacante acontecerá na janela de transferência do meio do ano, mesmo período em que o clube também vai se despedir do ídolo Fred, que encerra contrato e vai se aposentar.

A saída, inclusive, já mexe com a diretoria e comissão técnica do Fluminense, que avaliam o mercado da bola em busca de reposição. Fernando Diniz, por sua vez, classifica o camisa 11 como "joia muito rara" e aponta que não será missão fácil encontrar substituto.

"Meu contato com os jogadores sempre é muito próximo, e com o Luiz Henrique não é diferente, eu considero ele um jogador brilhante, com um potencial incrível e acho que a carreira dele está só no começo. Ele pode decolar de maneira bem exponencial", disse.

"O Fluminense já está preocupado com essa situação. Eu, chegando, também. Confesso que o Luiz Henrique é uma joia muito rara, jogador muito difícil de fazer reposição, porque ele é muito raro. Vamos monitorar dentro do possível. Às vezes, têm jogador que você gosta, mas a condição financeira do clube não permite você contratar, mas o Fluminense já está monitorando e eu também", completou.

Ciente desta questão, a cúpula tricolor já vem avaliando alguns possíveis cenários, incluindo também um olhar para nomes da própria categoria de base.

A venda dos direitos de Luiz Henrique foi divulgada em março e gerou muitas críticas da torcida, que acreditou que os valores envolvidos na transação poderiam ser melhores. O acordo foi concluído em 13 milhões de euros, algo em torno de R$ 72 milhões, por 85% dos direitos do jogador. Porém, neste montante, há uma parte fixa e outra parte "bônus".

À época, o presidente Mario Bittencourt justificou o acordo salientando dívidas a curto prazo que o clube ainda tinha e apontando para um momento de "reconstrução".

"Dizer a todos, em especial aos torcedores, que o fato de estar fazendo um excelente início de temporada e termos montado um time competitivo, não significa que não estamos em reconstrução financeira e reconstrução do clube como um todo. A gente vem falando, ao longo destes quase três anos aqui, que o clube precisa passar por um momento de reconstrução, com medidas, às vezes que nos entristece, impopulares, para que possamos seguir em frente, em razão do passado que interfere no nosso dia a dia", afirmou.

A negociação também contribuiu para a crise que se abateu sobre Laranjeiras há pouco tempo, que teve como estopim a queda na terceira fase preliminar da Libertadores.

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