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Fluminense investe em medalhões, mas vê 'cria' Luiz Henrique pedir passagem

Luiz Henrique, do Fluminense, durante duelo com o Bangu, pelo Carioca - Lucas Merçon / Fluminense
Luiz Henrique, do Fluminense, durante duelo com o Bangu, pelo Carioca Imagem: Lucas Merçon / Fluminense

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

29/01/2022 04h00

O Fluminense foi ao mercado e contratou reforços de peso, porém, viu uma cria da base se destacar na estreia no Campeonato Carioca. Se para o setor ofensivo chegaram às Laranjeiras nomes como Nathan, Willian Bigode e Cano, o jovem Luiz Henrique foi quem roubou a cena na derrota por 1 a 0 contra o Bangu. Após terminar a última temporada em alta, o camisa 11 conseguiu mudar o panorama da equipe e mostrar as credenciais ao técnico Abel Braga.

O Tricolor foi a campo na formação 3-5-2, tendo o volante Felipe Melo atuando ao lado dos zagueiros Nino e David Braz, e o ataque formado por Willian Bigode e Fred. No intervalo, quando a equipe já perdia por 1 a 0, o comandante sacou o camisa 52 para a entrada de Luiz Henrique — pedido pelos torcedores —, passando a usar o 4-3-3.

A alteração fez o Flu ter uma nítida melhora, tendo mais presença no campo de ataque e criando chances para o empate, o que acabou não se concretizando. E muitas das jogadas ofensivas passaram pelos pés do jovem atacante, que deu trabalho pela ponta direita.

"O Luiz é titular. Ele não foi titular porque perdeu, realmente, a pré-temporada. Foram 10 períodos de treino de segunda a sábado. Por ser um jogador muito forte no um para um, na velocidade, na explosão, na finalização, nós optamos por preservá-lo um pouco. Nós não queremos o jogador para um jogo, queremos o jogador para um bom tempo sem qualquer nível de contusão", explicou Abel.

"Fizemos uma pré-temporada sem nenhuma contusão. O importante é que ele entrou e deu conta, nós melhoramos não só ofensivamente, mas como um todo. Tivemos um meio de campo mais próximo, porque o time do Bangu sai muito no toque curto, e nós não nos aproximamos bem no primeiro tempo. Foi importante a entrada dele, deu uma subida boa de divisão", completou.

Destaque na base, Luiz Henrique foi promovido ao elenco profissional em 2020 e se consolidou na equipe no ano passado, sob o comando de Marcão, caindo de vez nas graças da torcida — terminou a temporada com sete gols e cinco assistências.

Tímido, virou o rosto do Tricolor nas redes sociais com as famosas dancinhas do "Tik Tok", muitas compartilhadas até pelo perfil oficial do clube.

Agora, começa 2022 tendo uma concorrência maior em um elenco mais "cascudo", mas já se coloca como peça importante para o time. Em entrevista ao UOL Esporte em setembro do ano passado, revelou conselhos de Fred, a quem carinhosamente trata como "papai".

"Nosso grupo é uma família, e o Marcão conversa muito comigo, assim como o Fred, que é meu ídolo, e outros jogadores experientes. Essa troca com os jovens ajuda muito a gente, me sinto muito confiante e calmo de ter alguém como ele ao meu lado. Jogar com ele é uma experiência incrível, um sonho. Todo dia a gente conversa, ele me diz para aproveitar meu potencial, confiar em mim, ir para cima, chutar muito para o gol. Treino finalizações todo treino por conselho dele. Está dando certo", indicou, à época.

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