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Presidente do Grêmio pede união após protestos e vê time em transição

Lucas Uebel/Grêmio
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

30/06/2021 16h46

Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio, divulgou pronunciamento hoje (30) com relação ao momento do time. Lanterna do Campeonato Brasileiro, o clube gaúcho viu surgirem protestos de torcedores em Porto Alegre nos últimos dias. Em vídeo publicado nas redes sociais, o dirigente gremista pediu união e definiu a fase atual como período de transição. Bolzan não mencionou diretamente a situação de Tiago Nunes, criticado pelos jogos recentes da equipe.

O Grêmio enfrenta o Juventude em Caxias do Sul, nesta quarta-feira, pela oitava rodada do Brasileirão. Até aqui, o time não venceu nenhum dos cinco jogos que fez no campeonato.

"O momento que estamos passando impacienta a todos nós Dirigentes, comissão técnica, torcedores principalmente, jogadores. Porque não é do tamanho do Grêmio e do campeonato que queremos disputar. Portanto, a união de todos nós neste momento é fundamental", disse Romildo Bolzan Jr. no início da manifestação.

A publicação foi feita após dois protestos nas ruas de Porto Alegre nos últimos dias. Em um deles, faixas foram expostas cobrando justamente uma posição do presidente gremista. No domingo, após empate com o Fortaleza em casa, a diretoria definiu Diego Cerri, diretor executivo de futebol, como porta-voz do clube.

"O Grêmio vive um momento de transição. Ele não se consolida apenas em um período. Nós, quando começamos a retomada administrativa do Grêmio em 2015, só fomos ser campeões ao final de 2016. Neste ano já ganhamos um título no começo da temporada e estamos fazendo a política de formação cada vez mais consistente. Está lá o CT da base, novos jogadores e grande parte do nosso plantel veio de lá. E essa transição passa por momento de afirmação. É o que estamos vivendo hoje", declarou Romildo Bolzan Jr.

Em outro trecho do vídeo, o dirigente cita a estabilidade financeira recente como algo conectado com o desempenho em campo. E depois, fez novo apelo de união.

"Por mais compreensões que nós tenhamos dos ambientes abertos, democráticos e públicos, da livre manifestação e daqueles que se possam se manifestar da forma que quiser, onde quiser, jamais fugir da segurança de que a transição que vivemos nos dá perspectiva de futuro. Se aqueles que pensam que o assunto é desacreditar um projeto ou simplesmente pegar modelos fracassados, que a gente sabe que pode ter sucesso em um ano, mas logo em seguida não avançaram, esse modelo não serve ao Grêmio. Serve ao Grêmio o modelo de sua consistência de fazer coisas com pés no chão e perspectiva vitoriosa", discursou.

Até aqui, no Campeonato Brasileiro, o Grêmio acumula três derrotas e dois empates. Em três jogos como mandante, fez dois pontos.

"Para que continuemos vivendo este momento de grande futuro, como vivemos até agora, é necessário ter visão de clube. União. A visão do bom debate. E principalmente de que todos têm espaço para opinar, mas tem um elemento que está acima de todos nós. O Grêmio Football Porto-Alegrense", encerrou o dirigente.