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Relação "intensa" de Gabigol e Ceni no Fla já rendeu carinho e tensão

Rogério Ceni e Gabigol tentam chegar a um consenso tático na partida do Flamengo contra a LDU - Silvia Izquierdo-Pool/Getty Images
Rogério Ceni e Gabigol tentam chegar a um consenso tático na partida do Flamengo contra a LDU Imagem: Silvia Izquierdo-Pool/Getty Images

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/05/2021 04h00

Duas personalidades fortes e vitoriosas, que tiveram suas vidas cruzadas no futebol por meio do "galático" time do Flamengo. Após mais de seis meses de trabalho no comando do Rubro-Negro, o técnico Rogério Ceni vive uma relação intensa com Gabigol, com momentos de tensão, mas também de carinho e respeito.

Desde que chegou ao clube da Gávea, o treinador, por algumas vezes, precisou enfrentar a insatisfação do camisa 9 quando optou por substituir o atacante, algo que aconteceu com certa frequência principalmente no início de Ceni no Fla.

Em muitos destes momentos, o atrito foi público, com discussões ainda à beira do campo e algumas atitudes rebeldes de Gabigol, como quando foi substituído no intervalo do jogo contra a LDU (EQU), pela Libertadores, e ficou um longo tempo no vestiário durante o jogo.

No entanto, em ocasiões de "paz" e ambiente mais leve, o jogador chegou até mesmo a brincar com a situação, como quando foi substituído no início do mês, na vitória por 4 a 1 sobre o Volta Redonda, que classificou a equipe para a final do Campeonato Carioca. Ele fingiu estar zangando, gesticulando em tom de "reclamação". Logo em seguida, o artilheiro deu um abraço apertado no treinador.

Já no último sábado (22), no gol de João Gomes que selou a vitória do Flamengo por 3 a 1 sobre o Fluminense e sacramentou o título estadual, Gabigol atirou água gelada em Ceni novamente em tom de brincadeira.

Após a conquista, Ceni fez questão de rasgar elogios ao atacante e falou um pouco sobre essa relação intensa com o camisa 9, fazendo até uma mea-culpa.

"O Flamengo tem seu ídolo maior e indscutível, que é o Zico, mas ele [Gabigol], como personagem, como artilheiro, tem uma simpatia muito grande do torcedor. É garoto, consegue ser feliz, alegre, extravasar, que é o que o torcedor gosta. É um menino extrovertido, que não gosta de ser substituído. Às vezes reclama, mas no dia seguinte está tudo bem. Eu era chato como jogador, sei como é, temos que ter paciência, e depois começa, trabalha tudo de novo e vai para a próxima".

Ceni já substituiu Gabigol 19 vezes

Desde que estreou pelo Flamengo, em novembro do ano passado, Rogério Ceni já substituiu Gabigol 19 vezes, sendo 14 na temporada passada e cinco nesta.

Na passada, a grande maioria das substituições aconteceu a partir dos 20 do segundo tempo. Na atual, o prazo aumentou para a partir dos 25. Porém, neste ano, aconteceu o episódio da mexida ainda no intervalo, algo que desagradou o camisa 9.