Alicia Klein

Alicia Klein

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Abel e Tite na Libertadores: estratégia boa é a que deu certo

O Palmeiras foi campeão estadual. O Flamengo também.

O Palmeiras já poupou na Libertadores. O Flamengo também.

O Palmeiras precisou enfrentar o adversário mais forte do grupo na altitude. O Flamengo também.

O Palmeiras teve poucas atuações iluminadas no ano. O Flamengo também.

O Palmeiras tem 4 pontos no Brasileirão. O Flamengo tem 7.

O Palmeiras tem 7 pontos na Libertadores. O Flamengo tem 4.

Parece um cenário equilibrado. Mas ontem só deu Abel Ferreira.

Tite, por sua vez, foi questionado até por aplicar o surpreendente e revolucionário recurso da ciência. Este elemento novo, recém-introduzido ao mundo da bola. Sério.

Por trás disso, vejo alguns aspectos. Esperava-se mais deste elenco do Flamengo. Supostamente, contava com ótimos reservas, até o time B metia medo. O Palmeiras se reforçou menos e há tempos a torcida reclama da falta de opções no banco.

Continua após a publicidade

O treinador alviverde poupa aqui e ali, mas utiliza sua força máxima em momentos estratégicos. Tite poupa sempre. Menos no campeonato carioca. Menos no jogo da volta contra o Nova Iguaçu, com o título virtualmente garantido.

Tite poupa Pedro contra o Palmeiras. And contra o Bolívar. Então, poupou por quê? Para que duelo? Qual é a real condição do atleta? Ou por que poupar De La Cruz, o motorzinho do Flamengo atual, na partida contra um adversário direto pelo título brasileiro?

O mistão rubro-negro tomou um passeio na Bolívia. Foi imensamente pressionado e acertou pouco no ataque. As mudanças do técnico surtiram efeito modesto. E o time perdeu.

O esquadrão alviverde quase titular tomou um passeio no Equador. Por 40 minutos. Não viu a cor da bola por quase um tempo inteiro. Nos grupos gritavam: professor Pardal, esse aí já deu, bagre! Aí as mudanças, mesmo antes das substituições, surtiram efeito enorme. E o time ganhou.

Mais do que a cobrança por um futebol vistoso do Flamengo, mais do que a expectativa de ver os principais atletas em campo juntos, antes que a Copa América esfacele o elenco, mais do que tudo isso, Tite está sofrendo as consequências de algo tão antigo no mundo quanto a tal da ciência.

Estratégia boa é a que deu certo.

Continua após a publicidade

Uns mais, outro menos, mas somos todos resultadistas.

Não adianta falar bonito, explicar fisiologia e minutagem. Só adianta vencer. E o Palmeiras ontem venceu daquele jeito que mais assusta: tomando um vareio e renascendo do nada.

Siga Alicia Klein no Instagram e no Twitter

Leia todas as colunas da Alicia aqui

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do que foi informado, o Flamengo enfrentou o Nova Iguaçu na final do Campeonato Carioca. O erro já foi corrigido.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes