Julião responde a improviso e 'ganha pontos' em observação de Roger no Flu

Na já famosa briga por espaço no elenco em início de temporada, Igor Julião deu alguns passos no Fluminense. O lateral direito viu a concorrência aumentar para 2021, mas deu resposta positiva no primeiro teste do técnico Roger Machado e foi o autor do gol na vitória no clássico com o Flamengo, no último domingo (14), pelo Campeonato Carioca.

Cria do Tricolor, Julião se tornou titular no ano passado em um período após a saída de Gilberto, que foi para o Benfica, de Portugal. Porém, viu o jovem Calegari ser promovido aos profissionais pedindo passagem e, além disso, a diretoria acertar com Samuel Xavier, que estava no Ceará, para a atual temporada. O reforço, inclusive, se reapresentou ao Flu ontem (15), após se recuperar da Covid-19.

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Com o time das Laranjeiras ainda sem contar com a "força máxima", Igor Julião iniciou o jogo contra o Rubro-Negro, duelo que marcou a estreia do técnico Roger Machado. O Fla se mostrou melhor no primeiro tempo e o comandante tricolor, em meio às observações, colocou o jogador no meio de campo.

Foi na nova posição que o camisa 21 se tornou destaque do confronto, ao acertar um bonito chute e fazer o gol do jogo, que garantiu o primeiro triunfo do Flu na Taça Guanabara — havia perdido para Resende e Portuguesa-RJ. Para completar, esta foi a primeira vez que ele balançou a rede com a camisa tricolor.

Atuar no meio, porém, não chegou a ser uma novidade para Julião. Ele passou nos testes no Flu para o setor e já desempenhou a função em passagem pelo STK Flu Samorín, que era filial do Tricolor em um projeto na Eslováquia.

"Foi nessa posição que eu consegui passar no teste do Fluminense há 15 anos, mas fazia muito tempo que eu não jogava assim. Aos poucos, vou me readaptando e aprendendo coisas novas. É uma fase nova e muito importante para mim. Estou me beneficiando muito de todo esse aprendizado, assim como o Fluminense também, que terá um jogador muito mais preparado", disse, em entrevista publicada pelo site oficial do Flu, em 2017.

Roger, por sua vez, explicou a mudança no time e o motivo de ter deslocado o jogador para um outro setor do campo.

"Como no primeiro tempo não conseguimos encaixar no 4-4-2 à frente, e o meio campo não conseguiu organizar a marcação da frente para trás, abrindo o tripé eu consigo preencher meu meio e começo a atacar o adversário do meu campo. Isso deu um equilíbrio e preenchimento de meio [campo] melhor, e a gente conseguiu controlar melhor o setor. E a ideia de trazer o Igor para dentro é justamente por ele ter essa destreza em um campo mais congestionado, e a gente conseguir ainda, com a força de encurtamento e de pressão do meio para as beiradas, aumentar a pressão naqueles 20 minutos finais de jogo. Funcionou bem", pontuou.

Apesar do improviso, o técnico garante que não vê o Estadual como uma fase de testes para organizar o time, mas vai suar a competição para fazer uma avaliação mais próxima do elenco à disposição para o restante da temporada.

"Não vejo o Carioca como laboratório, vejo como um campeonato muito importante que queremos também vencê-lo e como importante estágio para as competições que a gente tem no ano. E a mais imediata delas é a Libertadores. Então não é um laboratório para mim, mas sim um campo de observação. Todas as observações feitas no dia do jogo e nos treinamentos vão me ajudar a tomar algumas definições em relação à elenco", afirmou.

A cúpula ainda está vasculhando o mercado da bola em busca de nomes para o elenco. Já com contratações anunciadas para a defesa e perto de ter David Duarte, do Goiás, como mais um reforço para o setor, o Flu concentra esforços para o setor ofensivo, onde quer pelo menos mais dois jogadores. Neste sentido, Willian Bigode, do Palmeiras, e Eduardo Sasha, do Atlético-MG, estão no radar, mas os negócios são considerados difíceis.