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Flu repete erros individuais e sequência dura no Brasileiro pressiona Odair

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/08/2020 04h00

Os erros que se repetem no Fluminense são em maioria individuais, mas quem pode acabar pagando a conta é o técnico Odair Hellmann. A sequência difícil no início do Campeonato Brasileiro e a ausência de resultados colocam pressão sobre o seu trabalho nas Laranjeiras.

A diretoria ainda não pensa exatamente em demissão, mas o fato é que, apesar do bom rendimento em jogos decisivos contra o Flamengo no Carioca, as duas vitórias em doze jogos modificaram um pouco a forma de enxergar o momento da equipe, em que pese o pouco tempo de trabalho de fato — descontando a paralisação, a comissão técnica não teve nem três meses corridos de trabalho.

Não só os resultados, mas também a performance preocupam. Odair segue com respaldo e confiança, mas os próximos jogos serão decisivos.

Um deles, em especial, será de vida ou morte. Na próxima terça (24), o Flu recebe o Figueirense no Maracanã e, em desvantagem, precisará vencer para se classificar na terceira fase da Copa do Brasil. Se for eliminado em mais um mata-mata — o Tricolor caiu na primeira fase da Sul-Americana —, a equipe terá apenas o Brasileirão no calendário, um rombo ainda maior nos cofres e dificilmente manterá o técnico no cargo.

Para piorar, há pouco tempo para resolver os problemas da equipe. No sábado, o Tricolor viaja para Curitiba para enfrentar uma pedreira: o Athletico, na Arena da Baixada.

"Se tivéssemos tempo para trabalhar, seria melhor. Poderíamos treinar para melhorar onde estamos errando. Só podemos recuperar, não tem como haver carga de treinos amanhã. Precisamos corrigir, não cometer os mesmos erros. E corrigir ganhando, porque precisamos ter resultado. Não podemos cometer os mesmos erros", declarou.

Titulares vivem mau momento onde não há bons reservas

Nas laterais, Igor Julião não consegue substituir Gilberto à altura, e Egídio, em péssima fase desde a volta da paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, não tem reserva. O Fluminense necessitará de reforços nas duas posições para ser competitivo em 2020. No gol, Muriel pode até não parecer, mas é um problema no ano: são cinco falhas em 25 jogos, muito para um jogador com status de absoluto.

O miolo de zaga se acertou com Nino e Luccas Claro, mas as falhas do restante do setor se acumulam. A marcação por zona nas bolas paradas, por exemplo, é repleta de erros — isso sim coletivo e uma questão que Odair Hellmann precisa resolver.

No meio, o retorno de Hudson virá em boa hora, mas o jogador melhor talhado no elenco para a intensidade necessária no meio de campo é o jovem André, que já deveria ter sido testado desde o início da temporada. Dodi — apesar do erro no segundo gol do Bragantino — e Michel Araújo deram outra dinâmica à equipe e fizeram até Nenê melhorar.

Por outro lado, o ataque deixou a desejar em Bragança Paulista. Nas duas chances que teve na grande área, Evanílson falhou. Como produz poucas chances, o Tricolor precisa ser mais eficaz na frente. Marcos Paulo também não vem jogando bem, apesar dos lampejos. Para piorar, opções como Wellington Silva e Fernando Pacheco não vivem bom momento, e o jovem Luiz Henrique ainda não pode ter responsabilidades.

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