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OPINIÃO

Blogueiros: Por que Corinthians não consegue esquecer jogo reativo?

Tiago Nunes comanda o Corinthians durante partida contra o Atlético-MG pelo Brasileirão 2020 - Fernando Moreno/AGIF
Tiago Nunes comanda o Corinthians durante partida contra o Atlético-MG pelo Brasileirão 2020 Imagem: Fernando Moreno/AGIF

Do UOL, em Santos (SP)

18/08/2020 12h00

Resumo da notícia

  • Colunistas do UOL Esporte analisam por que Corinthians não esquece jogo reativo...
  • Andrei Kampff: "Tiago abandonou ideias em busca de resultados imediatos"
  • Marcel Rizzo: "A questão é: time está jogando bem mesmo nesse perfil?"
  • Mauro: "Talvez Tiago tenha sido abrupto na tentativa de modificar o perfil"

O empate sem gols contra o Grêmio no último sábado (15), em Porto Alegre, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, mostrou, mais uma vez, um Corinthians com jogo reativo e sem novidades. O time de Tiago Nunes jogou pior que os gaúchos e só não saiu de campo derrotado porque Diego Souza desperdiçou um pênalti para o Tricolor.

Baseado nas já tradicionais características do time alvinegro, fizemos as seguintes perguntas aos blogueiros do UOL Esporte: Por que o Corinthians não consegue se desgarrar do jogo reativo? Por ter jogadores sem esse perfil ou pela simples praticidade de não alterar a sua cultura? Veja o que eles responderam:

ANDRÉ ROCHA

Há uma cultura no clube e o revés na Libertadores tirou o contexto propício à mudança de filosofia. Tiago Nunes está naturalmente se agarrando à primeira oportunidade em um time de maior visibilidade e a falta de tempo torna qualquer tentativa de mudança até desaconselhável.

Leia o blog do André Rocha.

ANDREI KAMPFF

Corinthians não tem elenco. E Tiago abandonou ideias em busca de resultados imediatos. Essa combinação é perigosa.

Leia o blog Lei em Campo.

DANILO LAVIERI

Porque construir um time que propõe jogo demanda tempo que um time grande não tem, paciência que um time grande não tem e treino que o calendário não permite. Para montar um time reativo é tudo mais rápido e simples.

Leia o blog do Danilo Lavieri.

JUCA KFOURI

O Corinthians tem um time médio, com boa espinha dorsal (Cássio, Gil, Cantillo e Jô). Mas não paga em dia, tem um presidente que é sinônimo de confusão e ignorância e um treinador em crise de identidade. Não sabe se é Tiago Carille ou Fabio Nunes.

Leia o blog do Juca.

MARCEL RIZZO

Acho que o clube construiu nos últimos anos elencos com base nesse perfil e não acho ruim. Esse estilo, digamos, implementado por Tite, Mano Menezes e Fábio Carille ganhou títulos nos últimos anos. A questão é outra: time está jogando bem com Tiago Nunes, mesmo nesse perfil? Acho que não.

Leia o blog do Marcel Rizzo.

MAURO CEZAR

Mudança que depende de interesse e participação de todos, talvez o treinador tenha sido um tanto quanto abrupto na tentativa de modificar o perfil do time, fato é que não andou.

Leia o blog do Mauro Cezar.

MENON

A culpa é do treinador. Foi contratado no final do ano passado e preferiu assumir em janeiro. Mandou Ralf embora e trouxe Camacho, que virou reserva de Gabriel, que joga menos que Ralf. Prometeu mudar o estilo corintiano e se deu mal. Agora, virou um Carille sem resultado.

Leia o blog do Menon.

MILTON NEVES

Para mudar o esquema de jogo não basta trocar de técnico. Essa retranca está enraizada no Corinthians, inclusive na mentalidade de muitos jogadores que há tempos vestem a camisa alvinegra. Para mudar tudo isso seria preciso uma revolução no elenco. Vejamos se a próxima diretoria estará disposta a isso.

Leia o blog do Milton Neves.

PERRONE

Antes da parada, apesar dos maus resultados, dava pra ver um início de transformação tática no time. Na retomada, isso se perdeu. A falta de preparo físico e o vício dos jogadores em tocar para o lado e para trás atrapalham.

Leia o blog do Perrone.

RENATO MAURÍCIO PRADO

Tiago Nunes veio para o Corinthians para mudar o DNA implantado por Mano, Tite e Carille. Seu Athletico-PR era um time ofensivo e envolvente. Dava gosto de ver. Seu Corinthians, porém, é a antítese disso. Por quê? O elenco tem deficiências? Tem. Mas não é mais fraco do que era o do Athletico. O que falta agora é coragem do técnico, que, diante dos primeiros tropeços, preferiu abandonar suas antigas convicções e se tornar mais um adepto de, antes de mais nada, "fechar a casinha". Com um futebol medíocre.

Leia o blog do Renato Maurício Prado.

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