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Estádio das Laranjeiras completa 101 anos com futuro incerto no Fluminense

Último treino do Fluminense nas Laranjeiras, em julho de 2017; local é cada vez menos utilizado - Mailson Santana/Fluminense FC
Último treino do Fluminense nas Laranjeiras, em julho de 2017; local é cada vez menos utilizado Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/05/2020 04h00

Em 1918, o Fluminense via a construção do estádio em volta do campo das Laranjeiras sair do papel. Porém, a gripe espanhola provocou a paralisação do projeto. As obras atrasaram, e a inauguração ocorreu em maio de 1919, ano em que a casa tricolor recebeu o Sul-Americano. Cento e um anos depois, uma nova pandemia interfere no futuro da sede do clube.

Se no passado o estádio era uma prioridade e saiu do papel mesmo com a crise financeira gerada pela gripe espanhola, hoje o coronavírus parece dificultar ainda mais a chance de revitalização das Laranjeiras

Com a Covid-19, o Fluminense deixou em segundo plano as atividades que buscavam a revitalização das Laranjeiras. Nos dois últimos anos, um grupo de sócios e conselheiros do clube tinham carta branca para tocar o assunto. Porém, é necessária a renovação anual de uma concessão do Tricolor.

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Imagem: Divulgação

O presidente Mario Bittencourt faria pequenas alterações no acordo. Porém, com a pandemia alterando toda a programação dos clubes de futebol, o assunto acabou ficando de lado nesse primeiro momento. A reforma das Laranjeiras é tema de polêmica entre os sócios, que se dividem entre manter uma sede social e transformar o local em alternativa para jogos pequenos.

O projeto realizado pelo grupo prevê reforma e modernização do Estádio Manoel Schwartz. O plano inclui megaloja, museu, telão, setor sem cadeiras para torcedores e capacidade total de 15 mil pessoas.

Para sair do papel, no entanto, precisará de aprovação dos órgãos públicos, principal obstáculo do projeto. Como a sede é tombada, uma modernização precisa da aprovação do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e de órgãos municipais e estaduais. O custo está estimado entre 50 e 70 milhões de reais.

Além do estádio em si, o plano compreenderia uma revitalização da sede social, com a criação de um novo prédio anexo. Este edifício ficaria onde hoje existe um parquinho nas Laranjeiras e abrigaria toda a parte administrativa do clube, além de um museu mais amplo que o atual, uma sala de vídeo e um auditório para reuniões do Conselho Deliberativo.

O fato é que as conversas sobre revitalização de Laranjeiras não evoluíram muito desde o início de 2018. Após a pandemia, o assunto deverá ser retomado com mais força para que finalmente o projeto possa sair do papel.

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