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'Era algo que a gente estava esperando', diz Victor sobre redução salarial

Victor, do Atletico-MG, comemora gol durante partida contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro 2019 - Thomás Santos/AGIF
Victor, do Atletico-MG, comemora gol durante partida contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro 2019 Imagem: Thomás Santos/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/04/2020 12h46

Ídolo do Atlético-MG, o goleiro Victor falou, durante o Jogo Aberto desta quarta-feira, sobre a redução salarial do elenco do Galo por conta da pandemia de coronavírus. Segundo o campeão da Libertadores, a medida, tomada sem consulta aos atletas, apesar de ruim, já era esperada. Além disso, o jogador defendeu que, neste momento, a saúde é prioridade.

O corte de 25% na remuneração dos jogadores ocorrerá enquanto durar a paralisação do calendário local por causa da pandemia, e não haverá devolução do valor aos funcionários neste período. A medida foi determinada por Sérgio Sette Câmara, mandatário do clube, e contou com crivo de Castellar Guimarães, presidente do Conselho Deliberativo.

"A gente vive um momento no qual todo mundo tem que ceder um pouco, todo mundo precisa abrir mão de algo. Era algo que a gente já estava, de certa forma, esperando, não pegou ninguém de surpresa, mas, realmente, é ruim. A gente tem que ter bom senso, chegar num meio-termo, para que todo mundo saia perdendo menos. A diretoria chegou nessa decisão, a gente tem que acatar. Provavelmente não vai ter esse reembolso do que foi descontado, mas acho que agora é momento da gente pensar na saúde. Não podemos ficar pensando somente em dinheiro", comentou Victor.

O goleiro ainda explicou que a decisão de reduzir os salários dos atletas foi tomada pela diretoria, sem consulta ao elenco:

"Em relação ao que foi decidido, o Alexandre Mattos entrou em contato com algumas lideranças do clube e comunicou a decisão. Temos também um grupo de atletas, com diretoria também, um canal bem aberto, onde todo mundo tem acesso dentro do elenco para poder questionar, opinar, expor o seu ponto de vista. A decisão foi mais tomada por parte da presidência e diretoria, de acordo com seus balanços financeiros, do que propriamente uma decisão de comum acordo, mas a gente já tinha essa ideia de que poderia acontecer. Acho que a gente tem que acatar para que haja um equilíbrio. Também não adianta manterem os salários se não puderem honrar", falou.