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Ceará e Fortaleza perdem mando de campo após briga na Arena Castelão

Confusão entre torcedores do Ceará em partida contra o time do Fortaleza, válida pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro  - Estadão Conteúdo
Confusão entre torcedores do Ceará em partida contra o time do Fortaleza, válida pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro Imagem: Estadão Conteúdo

Do UOL

26/11/2019 17h45

Os clubes Fortaleza e Ceará perderam hoje, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o direito ao mando de campo, como punição pelo confronto entre as torcidas no jogo do dia 10 de novembro, na Arena Castelão.

Além de perder o direito de jogar em seus estádios durante as duas próximas partidas, os dois times terão que jogar com portões fechados e foram multados em R$ 20 mil. O Fortaleza recebeu uma multa adicional de R$ 2 mil por atrasar o reinício da partida e o Ceará terá que pagar mais R$ 1 mil por não entregar a relação de atletas dentro do horário permitido.

A decisão cabe recurso e deve chegar ao Pleno, última instância nacional.

No dia do jogo, o tumulto e o quebra-quebra de cadeiras aconteceu do lado da arquibancada dedicada à torcida visitante, a do Ceará, e um torcedor invadiu o campo. Tudo foi registrado na súmula pelo árbitro Flávio Rodrigues de Souza.

Em sessão realizada na tarde de hoje, a Procuradora Natalie Lassance repudiou os episódios de selvageria no estádio por ambas as torcidas e pediu a condenação dos clubes nos termos destacados na denúncia.

O defensor do Ceará, o advogado Osvaldo Sestário, alegou que o episódio não teve gravidade necessária para a aplicação de perda de mando.

"A Procuradoria denuncia com base em matérias jornalísticas onde se destaca o quantitativo de segurança privada 300 e mais 60 orientadores contratados. Havia todo um esquema para torcida organizada mandante e visitante. A Procuradoria não procurou saber junto à arena os valores e o que realmente foi danificado. O que vimos no vídeo foi a torcida ser acuada pela polícia. Não vejo como puni-lo", defendeu o advogado.

Com relação a desordem a advogada do Fortaleza alegou que não houve prejuízo ao jogo e pediu a absolvição do clube por realizar as medidas previstas para prevenção e repressão.