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Técnico interino do Inter tem 34 anos e estreou discutindo com Sampaoli

Ricardo Colbachini, técnico interino do Internacional, trabalha em jogo contra o Santos - Ricardo Duarte/Inter
Ricardo Colbachini, técnico interino do Internacional, trabalha em jogo contra o Santos Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

14/10/2019 04h00Atualizada em 14/10/2019 10h57

Foi a estreia de Ricardo Colbachini num time principal. O jovem técnico interino do Inter, de apenas 34 anos, comandou a equipe no 0 a 0 com o Santos e de cara conviveu com situações peculiares. Precisou mudar o time no intervalo, aguentar a pressão do momento vivido pelo clube e até "encarou" Jorge Sampaoli à beira do campo.

Foi logo em seguida ao gol anulado de Guilherme Parede, no segundo tempo. Entre comemorações e orientações aos jogadores, Sampaoli falou alto, Colbachini respondeu, e houve uma troca de palavras nada cordiais. Os gestos ficaram mais fortes, o árbitro se aproximou, chamou a atenção de ambos, que receberam cartão amarelo. O argentino seguiu reclamando, o interino gaúcho fez um gesto concordando com o juiz.

"Foi uma situação do jogo, aconteceu no jogo. Ele (Sampaoli) é um grande treinador, tenho um respeito e uma admiração muito grande por ele. É muito mais uma situação da partida. Ambos tomamos amarelo, e tenho que me comportar mais para não voltar a receber cartão. Tranquilo, espero não tomar no próximo jogo", disse Colbachini, sorridente.

O treinador substituiu Odair Hellmann, que foi demitido após a derrota para o CSA, deixando o posto como técnico mais longevo do Inter desde a década de 70. Com ótima relação na comissão técnica, ambos trocaram palavras nos dias que antecederam o jogo deste domingo.

"Conversamos quando ele veio se despedir. Ele falou para o elenco me dar força, que o momento que eu estou passando, ele passou dois anos atrás. Não falamos sobre parte tática. Eu tenho um respeito muito grande por ele", disse. "O Odair fez um belo trabalho. O admiro muito", completou.

Num jogo duro, o Inter começou inferior ao adversário e precisou corrigir posicionamentos e postura no intervalo. O técnico conseguiu analisar o jogo e passar as informações corretas aos jogadores. Reflexo disso foi o crescimento na etapa final, que por pouco não trouxe a vitória.

"Sou jovem, mas quero aproveitar ao máximo. Me dedico demais ao trabalho. Vivo só o futebol 11 meses do ano. Minha noiva é uma heroína, porque me aguenta. Vou focar cada vez mais para ajudar", disse. "Tenho que destacar a ajuda dos jogadores. Mudamos bastante no intervalo, conseguimos passar para eles o que pensamos da partida, fizemos um ótimo segundo tempo. Tenho que dedicar este segundo tempo bom para eles, e buscar evoluir para o restante dos jogos", completou.

O Internacional encara o Avaí na próxima quinta-feira. A direção do clube adiantou que Ricardo Colbachini segue no comando até lá, ainda de forma interina.

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