Topo

Rafael Reis

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Esquecido pela seleção, Martinelli se firma como 'melhor compra' do Arsenal

Gabriel Martinelli é um dos principais jogadores do Arsenal, líder do Inglês - Andrew Couldridge/Reuters
Gabriel Martinelli é um dos principais jogadores do Arsenal, líder do Inglês Imagem: Andrew Couldridge/Reuters

Colunista do UOL

22/03/2023 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Ignorado na convocação da seleção brasileira para o amistoso contra Marrocos, neste sábado, em Tânger, Gabriel Martinelli já pode dizer que é a "melhor compra" feita pelo Arsenal nos últimos anos.

Dos titulares que o clube londrino garimpou no Mercado da Bola para montar o time que lidera o Campeonato Inglês e sonha com o primeiro título de Premier League em 19 anos, o atacante 21 anos foi aquele que exigiu o menor investimento.

O camisa 11 desembarcou no Emirates Stadium em 2019, direto do Ituano e sem passar por nenhum clube mais importante do cenário nacional, por 7,1 milhões de euros (R$ 40 milhões, na cotação atual). Foi um achado do diretor esportivo Edu Gaspar.

Nenhum outro titular desta temporada que teve os direitos econômicos comprados pelo Gunners foi tão barato assim. O segundo colocado no ranking, o belga Leandro Trossard (ex-Brighton), custou 24 milhões de euros (R$ 135,4 milhões).

O único jogador normalmente escalado pelo técnico Mikel Arteta ainda mais em conta que Martinelli é o ponta direita Bukayo Saka, astro do time. Mas isso porque ele foi revelado nas categorias de base do próprio clube, ou seja, não exigiu nenhum tipo de investimento de compra de direitos.

Hoje avaliado em 70 milhões de euros (R$ 394,9 milhões) pelo site "Transfermakrt", especializado no Mercado da Bola internacional, o brasileiro tem sido essencial para o Arsenal se manter na frente do Manchester City na tabela do Inglês (tem oito pontos de vantagem e um jogo a mais que o vice-líder).

O atacante marcou em cinco das últimas seis rodadas da Premier League, um feito inédito na sua carreira, e ajudou a equipe londrina a sair do seu momento mais delicado na temporada (antes dessa série, vinha de três jogos consecutivos sem vencer).

Martinelli divide com Saka o posto de principal artilheiro do Arsenal em 2022/23. Cada um deles já meteu 13 bolas nas redes. Ainda que faltem dois meses para o fim da temporada, esse já é o ano mais artilheiro na sua trajetória profissional.

O camisa 11 também está prestes a se tornar o brasileiro com mais gols em uma única edição do Inglês. O recorde pertence a Roberto Firmino, que comemorou em 15 oportunidades com o Liverpool em 2017/18. Faltam apenas dois tentos para Martinelli igualar essa marca histórica.

Em seu primeiro compromisso oficial depois da Copa do Mundo do Qatar-2022, a seleção brasileira será comandada interinamente por Ramón Menezes, que é contratado da CBF para dirigir o time sub-20.

A decisão foi tomada porque a entidade ainda não conseguiu acertar com um nome definitivo para substituir Tite.

A preferência é por um treinador estrangeiro, mais precisamente Carlo Ancelotti, vencedor da última edição da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid. O italiano, no entanto, tem contrato com os espanhóis até junho de 2024 -a CBF tenta convencê-lo a abdicar do último ano de vínculo para assumir a seleção no segundo semestre.

Outros nomes que também têm sido ventilados como candidatos a dirigir o Brasil são os portugueses Jorge Jesus, que deixará o Fenerbahçe em junho, e José Mourinho, da Roma, além do alemão Joachim Löw e do espanhol Luis Enrique, ambos desempregados.

Após a partida contra Marrocos, a seleção deve se reunir novamente em junho para uma nova rodada de amistosos. Os adversários da próxima Data Fifa, no entanto, ainda não foram divulgados.

As eliminatórias sul-americanas para a Copa-2026 começam em setembro. Na primeira rodada dupla do torneio, o time canarinho jogará contra Bolívia (em casa) e Peru (fora).

O próximo Mundial será o primeiro da história com a participação de 48 seleções (16 a mais do que o formato que vinha sendo utilizado desde a França-1998). Com a ampliação no número de países, a América do Sul terá direito a seis vagas diretas e uma para participar da repescagem.