Por que os líderes da Chuteira de Ouro não podem mais pontuar na temporada?

Os três primeiros colocados da Chuteira de Ouro encerraram no último domingo (12) suas participações no prêmio concedido ao maior artilheiro dos campeonatos nacionais da Europa na temporada.

Os líderes Ohi Omoijuanfo (Molde) e Thomas Lehne Olsen (Lillestrom), além do terceiro colocado, Veton Berisha (Viking Stavanger), nasceram e jogam na Noruega, país que teve no último fim de semana a disputa da rodada final da sua liga.

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Isso porque a terra do astro Erling Haaland (Borussia Dortmund) adota um calendário semelhante ao do futebol brasileiro. Ou seja, diferentemente do que acontece na maior parte da Europa, a temporada começa e termina no mesmo ano.

Na prática, isso significa que os três atuais integrantes da Chuteira de Ouro não têm chances reais de ficar com o prêmio.

Ao longo das próximas semanas, Omoijuanfo e Lehne Olsen, que somam 39 pontos, e Berisha, com 33, certamente serão ultrapassados por goleadores que atuam em torneios cuja temporada só chegará ao fim em maio de 2022.

E, nesse grupo que realmente está na briga pelo prêmio, ninguém está mais bem posicionado que Robert Lewandowski. Atual detentor do troféu, o centroavante polonês do Bayern de Munique ocupa o quatro lugar, já acumulou 32 pontos e está a apenas quatro gols no Campeonato Alemão de tomar para si a liderança.

O top 10 da corrida pela artilharia da Europa tem ainda os goleadores do Italiano (Dusan Vlahovic, da Fiorentina), do Inglês (Mohamed Salah, do Liverpool) e do Espanhol (Karim Benzema, do Real Madrid).

O maior vencedor da história da Chuteira de Ouro é Lionel Messi, que já levou seis troféus para casa (2009/2010, 2011/2012, 2012/2013, 2016/2017, 2017/2018 e 2018/2019). Nesta temporada, porém, o craque argentino não aparece nem entre os primeiros 250 colocados no ranking, já que tem apenas um gol marcado no Francês.

Sem grandes goleadores consagrados no cenário internacional na atualidade, o Brasil está prestes a completar 20 anos de jejum. A última vez que o país do futebol faturou o prêmio foi em 2001/2002, com Jardel, na época jogador do Sporting.

O ex-centroavante do Grêmio também levantou o troféu em 1998/1999. Além dele, apenas Ronaldo (1996/1997) já havia colocado a terra tupiniquim no lugar mais alto do pódio.

Na atual temporada, o brasileiro mais bem classificado na Chuteira de Ouro é Arthur Cabral, do suíço Basel, que ocupa a 21ª colocação, com 21 pontos (21 gols). O país tem só mais três representantes no top 100: Vinícius Júnior (Real Madrid), que está na 26ª posição, João Pedro (Cagliari), no 33º lugar, e Raphinha (Leeds United), em 88º.

O "Blog do Rafael Reis" publica semanalmente, sempre às terças-feiras, uma nova parcial da corrida pelo posto de artilheiro máximo do Velho Continente.

Confira a classificação da Chuteira de Ouro

1 - Ohi Omoijuanfo (NOR, Molde) - 39 pontos (26 gols)
Thomas Lehne Olsen (NOR, Lillestrom) - 39 pontos (26 gols)
3 - Veton Berisha (NOR, Viking Stavanger) - 33 pontos (22 gols)
4 - Robert Lewandowski (POL, Bayern de Munique) - 32 pontos (16 gols)
5 - Dusan Vlahovic (SER, Fiorentina) - 30 pontos (15 gols)
6 - Mohamed Salah (EGI, Liverpool) - 28 pontos (14 gols)
Patrik Schick (TCH, Bayer Leverkusen) - 28 pontos (14 gols)
8 - Mikke Dahl (DIN, Tórshavn) - 27 pontos (27 gols)
Ricardo Gomes (CBV, Partizan Belgrado) - 27 pontos (18 gols)
10 - Ciro Immobile (ITA, Lazio) - 26 pontos (13 gols)
Karim Benzema (FRA, Real Madrid) - 26 pontos (13 gols)
Henri Anier (EST, Paide Linnameeskond) - 26 pontos (26 gols)