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Rafael Reis

Robinho, Benzema, Ribéry: 7 jogadores que foram acusados de crimes sexuais

Robinho, que deixou o Basaksehir nesta temporada, tem uma condenação por estupro coletivo na Itália - VI Images via Getty Images
Robinho, que deixou o Basaksehir nesta temporada, tem uma condenação por estupro coletivo na Itália Imagem: VI Images via Getty Images

21/09/2020 04h00

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Jogadores de futebol são idolatrados pelo que fazem dentro de campo. Os gols que marcam, os dribles que aplicam nos adversários e os títulos que conquistam fazem com que eles sejam tratados como super-heróis por muita gente.

Mas, quando estão fora das quatro linhas, eles são pessoas normais. Alguns têm comportamentos exemplares e também merecem ser admirados por isso. Já com outros, a história é bem diferente.

Não é raro ver jogadores de futebol tendo problemas com a Justiça. Prisões por atraso no pagamento de pensão alimentícia, denúncias por sonegação fiscal e até alguns casos extremos, como o do goleiro Bruno, ex-Flamengo e hoje no Rio Branco (AC), são provas disso.

Há ainda aqueles atletas que foram acusados em algum momento da carreira (ou já depois da aposentadoria) de terem praticado algum crime sexual, como pedofilia, estupro ou assédio sexual. Nem todas essas denúncias se confirmam, é verdade, mas mesmo assim ficam como uma mancha na história deles.

O "Blog do Rafael Reis" relembra abaixo sete jogadores/ex-jogadores que tiveram problemas judiciais por conta de crimes sexuais que cometeram ou que foram acusados de terem cometido.

ROBINHO

No ano passado, o atacante brasileiro desfalcou o Istambul Basaksehir, da Turquia, em um confronto contra a Roma, pela fase de grupos da Liga Europa, por não querer viajar à Itália. O motivo da ausência é o que ex-jogador do Santos temia ir para a prisão se entrasse no território italiano. Isso porque Robinho possui uma condenação em primeira instância no país por supostamente ter participado de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa em uma casa noturna de Milão. O crime teria acontecido em 2013, quando Robinho defendia o Milan. Robinho sempre negou ter praticado violência sexual contra a garota e recorreu da condenação.

CHRISTOPH METZELDER

Metzelder - Marcus Brandt/AFP - Marcus Brandt/AFP
Imagem: Marcus Brandt/AFP

O caso mais recente de crime sexual envolvendo um nome importante do futebol mundial veio à tona no ano passado e teve um importante episódio na última semana. Depois de quase um ano sendo investigado por participação em uma rede internacional de distribuição de material ligado a pedofilia, o ex-zagueiro alemão Christoph Metzelder, que defendeu o Real Madrid e disputou as Copas do Mundo de 2002 e 2006, admitiu a um tribunal germânico que costuma consumir e eventualmente repassar fotos e vídeos de crianças e adolescentes praticando atos sexuais. Segundo a imprensa local, o ex-defensor admitiu possuir 297 arquivos desse tipo em seu telefone celular e ter enviado conteúdo impróprio para três mulheres.

KARIM BENZEMA

Benzema - Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images - Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images
Imagem: Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images

Protagonista do Real Madrid na conquista do título espanhol da temporada passada, o centroavante francês já havia tido problemas com a Justiça antes mesmo do caso de extorsão contra o meia Mathieu Valbuena, que provocou a interrupção de sua carreira na seleção. Em 2010, Benzema foi acusado de ter tido relações sexuais com uma então garota de programa chamada Zahia Dehar (hoje atriz, modelo e estilista de roupas íntimas), que tinha apenas 16 anos na época. O jogador negou ter contratado os serviços da acompanhante. E acabou absolvido em 2014 pela Corte Criminal de Paris.

FRANCK RIBÉRY

Ribéry - AFC Fiorentina/Instagram                             - AFC Fiorentina/Instagram
Imagem: AFC Fiorentina/Instagram

Ex-companheiro de Benzema na seleção francesa, o jogador que defendeu durante 12 anos o Bayern de Munique e hoje joga na Fiorentina também esteve envolvido no caso "Zahia Dehar". Ao contrário do centroavante, porém, Ribéry admitiu ter tido relações com a garota de programa. No entanto, alegou que não sabia que ela era menor de idade e que, portanto, não estava cometendo um crime. A Justiça francesa aceitou sua argumentação de defesa e acabou o absolvendo.

ADAM JOHNSON

Adam Johnson - Shaun Botterill/Getty Images - Shaun Botterill/Getty Images
Imagem: Shaun Botterill/Getty Images

O meia, que disputou 12 partidas pela seleção inglesa e defendeu por duas temporadas o Manchester City, ficou preso entre 2016 e 2019 por abuso sexual de menor. O jogador foi condenado a seis anos de prisão por ter praticado sexo virtual e ter um relacionamento físico com uma garota de 15 anos que havia recebido como presente uma camisa autografada do Sunderland, clube que defendia na época. No julgamento, Johnson admitiu ter aliciado e beijado a adolescente. No ano passado, o meia foi liberado para cumprir o restante da pena em liberdade e, desde então, vem tentando encontrar um clube para retomar a carreira.

CHED EVANS

Ched Evans (Fleetwood Town) - Reuters - Reuters
Imagem: Reuters

Ao contrário de Adam Johnson, o atacante galês revelado no Manchester United conseguiu reconstruir a carreira depois de passar pela cadeia por causa de um crime sexual. O hoje jogador do Fleetwood Town, da terceira divisão inglesa, ficou dois anos detido (entre 2012 e 2014), condenado por estupro. Evans sempre alegou que a relação sexual que o levou para prisão havia sido consensual, mas o tribunal disse que a garota de 19 anos com quem ele se envolveu estava embriagada demais para ter ciência dos seus atos. Em 2016, seu caso foi julgado mais uma vez, e ele acabou absolvido. Só depois de ficar com ficha limpa, conseguiu um novo emprego no futebol.

JOBSON

Jobson - Kleyton Amorim/UOL - Kleyton Amorim/UOL
Imagem: Kleyton Amorim/UOL

O atacante que se destacou com a camisa do Botafogo na virada da década de 2000 para os anos 2010 teve problemas com drogas, chegou a passar quatro anos afastado do futebol por ter se recusado a fazer um exame antidoping e foi detido três vezes (duas por descumprir regras da liberdade condicional) devido a um suposto caso de estupro de vulneráveis. Jobson, que hoje defende o Campinense na Série D do Brasileiro, foi acusado de ter levado adolescentes de 12 e 13 anos para sua chácara, no interior do Pará, onde as meninas teriam bebido, usado drogas e feito sexo.