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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Pressão por Rússia fora da Copa continua; Eslováquia quer jogar repescagem

Rússia em campo contra a Finlândia pela Eurocopa em 2021 - ANTON VAGANOV / POOL / AFP
Rússia em campo contra a Finlândia pela Eurocopa em 2021 Imagem: ANTON VAGANOV / POOL / AFP

Colunista do UOL

28/02/2022 11h02

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A pressão sobre a Fifa para suspender a Rússia de competições internacionais, o que tiraria o país da repescagem das Eliminatórias europeias em março, e consequentemente da Copa do Mundo do Qatar no fim de 2022, continua após a entidade anunciar algumas sanções no domingo (27). Membros do próprio Conselho da federação internacional consideraram as punições tímidas.

A aposta é que se o ataque russo à Ucrânia não cessar em breve a direção da Fifa terá que suspender seleção e clubes do país de torneios internacionais. Em 24 de março a Rússia tem jogo contra a Polônia, agora em campo neutro, pela primeira rodada da repescagem das Eliminatórias da Europa e os poloneses já avisaram que não entram em campo. Suecos e Tchecos, que podem encarar a Rússia na segunda rodada, também comunicaram que não jogam se o rival for o país de Vladimir Putin.

A Eslováquia, que ficou em terceiro lugar no grupo da Rússia na fase inicial das Eliminatórias, consultou a Fifa sobre a possibilidade de ocupar a vaga na repescagem caso a Rússia seja suspensa. Não houve resposta e, apurou a coluna, o mais provável é que se os russos não puderem jogar a Polônia avance direto para a segunda rodada e espere o vencedor de Suécia e República Tcheca para brigar por vaga no Mundial.

Depois que poloneses, tchecos e suecos avisaram que não enfrentarão a Rússia, outras federações fizeram o mesmo: Inglaterra, Dinamarca, Noruega e Irlanda disseram que não entram em campo contra a Rússia, em futuro próximo, em qualquer nível do futebol. A Islândia, que já tem jogo marcado contra os russos para junho, pela Liga das Nações, deve se posicionar dessa maneira em breve.

A decisão de proibir jogos em território russo, torcida nos estádios neutros e do uso da bandeira, nome e hino da Rússia foi do comando do Conselho da Fifa, formado pelo presidente, Gianni Infantino, e pelos seis vice-presidentes que chefiam as seis confederações mundiais, entre eles Alejandro Dominguez, da Conmebol.

Na quinta-feira, durante reunião do Conselho que já estava marcada há meses, ao menos três dos nove representantes da Uefa defenderam uma suspensão imediata da Rússia, que naquele dia havia começado o ataque ao território ucraniano. A maioria dos 37 membros entendeu que o melhor era esperar o desenrolar do conflito. Os favoráveis a uma suspensão alegam que a proibição de aviões russos no espaço aéreo da maior parte da Europa não deve acabar mesmo se o conflito for encerrado nos próximos dias e isso inviabilizaria qualquer jogo de futebol com a Rússia presente.

Os jogos da Ucrânia pela repescagem europeia se mantêm inalterados: dia 24 de março frente a Escócia, em Glasgow, e caso vença dia 29 contra quem ganhar de País de Gales e Áustria, também fora de casa. A federação escocesa ofereceu estrutura de treinamento para os ucranianos ficarem em Glasgow antes do confronto de março.