Marqueteiro, novo chefe da Ferrari coleciona bons resultados - e pérolas
Ele é daqueles que mal chegou e já quer sentar na janela. Maurizio Arrivabene fez apenas quatro corridas no comando da Ferrari, mas não titubeia a pressionar seus pilotos abertamente ou a entrar em rota de colisão com o promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone. Afinal, foi recrutado ao posto de comandante da equipe mais tradicional do esporte justamente para isso: recolocar o time no caminho das vitórias e se certificar de que os italianos sigam influentes no cenário político da categoria.
Quando Arrivabene assumiu a chefia da Ferrari, em dezembro do ano passado, a situação era crítica: o astro do time, Fernando Alonso, estava de saída após cinco anos e três vice-campeonatos, dois chefes – Stefano Domenicali e Marco Mattiacci – tinham sido demitidos em oito meses, o presidente Luca di Montezemolo caíra após 23 anos e o time vinha da primeira temporada sem vitórias desde 1993.
Menos de cinco meses depois, o cenário não poderia ser mais diferente. Uma vitória política obtida no final do ano passado permitiu o desenvolvimento dos motores ao longo da temporada e abriu a brecha de que a Ferrari precisava para enfrentar a Mercedes. O time também melhorou o carro, e contou com o ânimo novo injetado pela chegada de Sebastian Vettel para se tornar o único rival dos alemães.
Tudo isso, sob o pulso firme de Arrivabene, que rapidamente se tornou uma estrela no paddock. O italiano de 58 anos sempre trabalhou com marketing e está envolvido com a Ferrari desde os anos 1990, quando trabalhava na Philip Morris, patrocinadora da Scuderia por meio da Malboro. Em 2010, tornou-se representante do time italiano na Comissão de F-1, principal organização política da categoria. Pela “compreensão não apenas da Ferrari, mas também dos mecanismos de governança do esporte”, foi indicado pelo presidente da Fiat e da Ferrari, Sergio Marchionne, ao cargo de chefe da equipe.
Arrivabene, que também é conselheiro da Juventus, defende que a categoria se comporte mais como um show, aproxime os fãs e marque uma presença mais forte nas cidades em que compete por meio de eventos.
Pronto para desafiar Ecclestone e buscar mais poder para a Ferrari, Arrivabene mostrou seu cartão de visitas logo nos testes de pré-temporada quando, depois de ter o acesso a seus convidados vetado no paddock, sentou com outros membros da Ferrari nas arquibancadas. “Amo esse tipo de provocação”, reconheceu.
O chefe também é marcado pelas frases inusitadas. Enquanto os resultados na pista continuarem como neste início, em que a Ferrari venceu na Malásia e conquistou outros três pódios em quatro provas, o sucesso será garantido.
As pérolas do chefe da Ferrari
Chefe da Ferrari
Ele é o 'Homem de Gelo', mas precisa... não de uma massagem porque ele é forte, mas é muito sensível
Se tivesse feito como Andrea [Pirlo] estaria na pole, mas digamos que ele perdeu a bola
Se ganharmos quatro corridas no ano, vou correr descalço nas montanhas de Maranello
Se eu disser que ele merece renovar, ele vai cair no sono. Quero mantê-lo acordado.
Eu queria ver carros que produzem um barulho de deixar os cabelos em pé, como uma banda de heavy metal
O fato é que Sebastian ganhou quatro títulos e Fernando, dois.
Agora podemos começar a ficar mais convencidos e pensar em atacar a Mercedes
Não quero que ninguém enfarte
Ecclestone faz alguns comentários que não passam de provocações. Temos de responder na mesma moeda
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