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OpiniãoEsporte

Bap quer profissionalizar futebol a partir do diretor português José Boto

O provável novo diretor esportivo do Flamengo, José Boto, será o ponto de apoio de todos os departamentos do futebol do Flamengo.

Significa que não haverá olhares políticos e as escolhas dos jogadores terá sempre o apoio das estatísticas e das observações pautadas em questões objetivas.

José Boto foi o chefe dos scouts do Benfica entre 2010 e 2018. Na época, a gestão benfiquista sonhava ter tanto sucesso em compras e vendas quanto o Porto e conseguiu expressivas negociações. Boto ajudou a encontrar o goleiro Oblak, comprado por 1,7 milhão de euros ao Olijmpia Ljubiana, em 2010. Quatro anos depois, Oblak foi vendido ao Atléico de Madrid por 16 milhões de euros.

No início de sua trajetória no Benfica, sugeriu a contratação de Phillippe Coutinho. Foi vetado pelo então presidente Luís Filipe Vieira, que também não concordou com a compra de Osmane Dembelé, antes que fosse ao Borussia Dortmund e fizesse sucesso no Barcelona, Paris Saint-Gemain e seleção francesa.

Ederson chegou ao Benfica B em 2015, vindo do Rio Ave. Dois anos mais tarde, trocou a Luz pelo Manchester City por 40 milhões de euros. Nenhum negócio foi mais emblemático do que a compra do volante sérvio Matic, do Chelsea, por 7 milhões de euros. Dois anos mais tarde, o Chelsea recomprou-o por 25 milhões de euros.

O Flamengo trabalho muito mais com base nos olheiros profissionais (scout) em 2019 do que no segundo mandato de Rodolfo Landim. Mas Bruno Andrade, de Lisboa, informa que o presidente que agora deixa o cargo já tinha a ideia de trazer José Boto ao Brasil.

Depois de oito anos no Benfica, José Boto foi para o Shakhtar Donetsk e levou Luís Castro para ser o treinador. Na Ucrânia, contratou o zagueiro Vitão, ex-Palmeiras, hoje no Internacional, por 4 milhões de euros. Também ajudou no desenvolvimento do atacante Mudryk, vendido ao Chelsea em 2023 por 70 milhões de euros.

A questão não é o nome. É a ideia. Basear compras e vendas em observadores profissionais.

José Boto tem proximidade com Jorge Jesus, com quem trabalhou entre 2010 e 2015, no Benfica. Mas tem a decisão de manter Filipe Luís, respeitar o contrato assinado até dezembro de 2025.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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