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GP da Grã-Bretanha: datas, horários e tudo sobre o GP que terá novo formato

Lewis Hamilton venceu em Silverstone em sete oportunidades - LAT Images/Mercedes
Lewis Hamilton venceu em Silverstone em sete oportunidades Imagem: LAT Images/Mercedes

Colunista do UOL

15/07/2021 04h00

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Com a expectativa de receber até 350 mil pessoas em três dias de evento, o GP da Grã-Bretanha terá a estreia de um novo formato para a Fórmula 1, com uma corrida de 17 voltas disputada no sábado, chamada sprint, definindo o grid de largada para a décima etapa do campeonato. Ainda há dúvidas se o novo formato, que passará por outro teste na Itália, em setembro, vai mesmo movimentar mais o final de semana, mas o que é certo é que, nos três dias de atividades de pista, haverá competição (com a classificação para o sprint na sexta, a novidade no sábado e a corrida propriamente dita no domingo).

O campeonato chega a Silverstone, onde Lewis Hamilton é o recordista de vitórias, com Max Verstappen liderando o campeonato após vencer três provas seguidas e abrir 32 pontos de vantagem para o inglês. A Red Bull também está se distanciando no campeonato de equipes, mas a Mercedes terá novidades no seu carro em uma tentativa de diminuir a desvantagem para os rivais.

Como acompanhar o GP da Grã-Bretanha:

Sexta-feira, 16 de julho
Treino livre 1, das 10h30 às 11h30: BandSports
Classificação para sprint, das 14h às 15h: BandSports

Sábado, 17 de julho
Treino livre 2, das 8h às 9h: BandSports
Sprint, das 12h15 às 13h: TV Bandeirantes

Domingo, 18 de julho
Corrida, a partir das 11h: TV Bandeirantes e BandNewsFM (transmissão começa às 10h30).

Circuito de Silverstone

Distância: 5.891km
Número de voltas: 52

DRS - 2 zonas
Zona 1: após a curva 5 (Aintree)
Zona 2: após a curva 14 (Chapel)

Pneus disponíveis: C1 (duros), C2 (médios) e C3 (macios)

Recorde em corrida: 1min27s097 (Max Verstappen, Red Bull, 2020)

Resultado de 2020

Pole position: Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min24s303

Pódio:
1º Lewis Hamilton - ING/Mercedes - 1h28min01s283
2º Max Verstappen - HOL/Red Bull - +5s856
3º Charles Leclerc - MON/Ferrari - +18s474

Características da pista de Silverstone

hamilton - Andrew Boyers/Pool via Getty Images - Andrew Boyers/Pool via Getty Images
Lewis Hamilton com o pneu estourado na última volta do GP da Inglaterra de 2020
Imagem: Andrew Boyers/Pool via Getty Images

Os olhos estarão voltados ao novo formato, é claro, e aos pneus. Foi muito em função dos estouros ocorridos nas últimas voltas da etapa de Silverstone do ano passado que a Pirelli reforçou a construção de seu pneu e pediu para que a FIA fizesse mudanças nos carros para torná-los mais lentos (pedido que foi atendido e gerou alterações principalmente nos assoalhos). Mesmo assim, houve dois estouros no GP do Azerbaijão, no início de junho, e uma das medidas para evitá-los será a introdução de um novo composto, mais robusto, que foi testado na Áustria.

Silverstone representa um teste para os pneus devido a suas curvas de alta velocidade. A curva 12, chamada Becketts, é aquela em que os pilotos mais sentem as forças laterais: eles são "jogados" de um lado a outro do cockpit com uma força de até 5 vezes a força da gravidade.

Como a pista de Silverstone é aquela em que os pilotos menos acionam os freios (só cerca de 8% da volta), isso faz com que os motores mais eficientes levem vantagem. Isso porque é difícil recuperar toda a energia das unidades de potência híbridas com tão poucas zonas de frenagem. É neste quesito que o motor Honda cresceu muito nos últimos anos.

Fazer um pit stop na pista de Silverstone tornou-se algo muito demorado para os padrões da F1 depois da inauguração do novo complexo de boxes, em 2011: a pista agora tem o pitlane mais longo da temporada, com 437.1m. Porém, como corta-se curvas lentas quando se entra nos boxes, a perda de tempo em uma parada é de 18s, uma das menores do ano.

Curiosidades sobre o GP da Grã-Bretanha

Silverstone tem grande importância para a história da F1: foi lá que a categoria realizou sua primeira corrida da história, há 70 anos. O evento foi tão importante na época que contou, inclusive, com a presença da Rainha Elizabeth 2ª que, curiosamente, nunca voltou a marcar presença em eventos da categoria. A corrida foi vencida pelo italiano Giuseppe Farina, com a também italiana Alfa Romeo.

farina - Reprodução - Reprodução
Giuseppe Farina ao volante da Alfa Romeo no GP da Inglaterra de 1951
Imagem: Reprodução

A sequência de curvas mais famosa de Silverstone - e uma das mais famosas de todo o calendário da F1 - é a das curvas Maggotts, Becketts e Chapel. Na primeira delas, os carros chegam perto de 300km/h, e a rápida mudança de direção de um lado a outro é um grande teste para os veículos. Mas de onde vêm estes nomes? As ruínas da capela de Becket ficam bem próximas do circuito e explicam os nomes de três das curvas, e há um campo chamado Maggots Mood, também nas redondezas.

Os pilotos britânicos costumam se dar bem correndo em casa: dos quatro maiores vencedores da história, três são pilotos locais: Lewis Hamilton já é recordista, com sete vitórias. O escocês Jim Clark conseguiu cinco, e o inglês Nigel Mansell venceu quatro vezes.