Giro da F1: Leclerc otimista na Ferrari e GP de Portugal pode ficar sem fãs

A Fórmula 1 está de volta neste final de semana com o GP de Portugal, na primeira vez que a categoria corre no circuito de Portimão, no sul do país. Mas com o avanço da segunda onda da pandemia na Europa, há dúvidas a respeito da presença de público na 12ª etapa do campeonato.

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Leclerc vê lado positivo de campeonato ruim da Ferrari

A Ferrari é apenas a sexta colocada no mundial de construtores em 2020 e não demonstra rendimento suficiente para brigar por posições melhores nas seis etapas que faltam. Mas o piloto Charles Leclerc prefere ver o positivo. Afinal, uma regra que estreia ano que vem prevê que, quanto mais à frente do campeonato a equipe terminar, menos desenvolvimento aerodinâmico ela vai poder fazer.

"Acho que a intenção dessa regra é tentar recalibrar um pouco e ajudar as equipes que estão em dificuldades. E o fato é que nós estamos em dificuldades no momento, então pode nos ajudar. Claro que eu preferiria estar lutando pela ponta já nesta temporada. Mas não tem jeito. Por enquanto, tomara que possamos tirar vantagem disso e tentar recuperar o que estamos tendo de dificuldades no momento."

Isso é particularmente vantajoso ano que vem, pois o desenvolvimento será para o carro completamente novo de 2022, quando estreia um novo regulamento.

Às vésperas de retorno, GP de Portugal tem incerteza em relação a torcedores

Com o número de infecções por coronavírus aumentando na Europa e também em Portugal - há um mês, havia menos de 200 casos por dia, e agora os números estão próximos de 2000 - as autoridades vêm apertando novamente o cerco. Na semana passada, o país voltou a estar em estado de calamidade pública, dando mais liberdade para o governo adotar medidas restritivas.

Parte das pessoas que compraram os 40 mil ingressos que foram colocados à venda para a volta de Portugal ao calendário da F1 depois de 26 anos não recebeu suas entradas e há dúvidas a respeito de quantas pessoas efetivamente terão sua entrada liberada. Tudo depende da decisão da Direção Geral de Saúde, órgão do governo que tem optado pela cautela na condução da pandemia até aqui.

Pilotos adotam táticas diferentes para se preparar para Portimão

Vários pilotos terão sua primeira experiência com o circuito de Portimão, em Portugal, nesta sexta-feira, durante os treinos livres para a 12ª etapa do calendário. Afinal, apenas Lewis Hamilton (em um teste em 2009) e Lando Norris (também em teste, mas com carro antigo, em 2017), já andaram de F1 no circuito, inaugurado em 2008. Além deles, oito correram em categorias de base, ou seja, metade do grid não tem nenhuma familiaridade com o circuito, que entrou no calendário devido aos ajustes feitos em decorrência da covid-19.

Hamilton, inclusive, aproveitou a semana para treinar e descansar em Mônaco com seu inseparável cachorro, Roscoe.

E cada um tem sua maneira de se preparar: Valtteri Bottas preferiu não ir à fábrica da Mercedes, e está usando seu simulador caseiro, em Mônaco. Já Daniel Ricciardo dispensou o simulador da equipe Renault para a última corrida, em Nurburgring, pista em que não pilotava desde 2013, mas não fará o mesmo para a prova deste final de semana. Ele tem boas lembranças da pista do sul de Portugal porque foi lá, em 2009, que ele venceu o campeonato europeu da F3.

A diferença de andar no simulador da equipe é a possibilidade de testar configurações para o carro, e não apenas conhecer o traçado. Informações sobre peças novas também podem ser inseridas nos simuladores.