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Largadas agressivas e tensão pelo Safety Car: o que esperar do GP de Miami

A dificuldade de ultrapassagem que ficou clara na sprint deve ditar a estratégia para o GP de Miami, com largada às 17h deste domingo, pelo horário de Brasília. Max Verstappen larga na frente e também já tem a informação da sprint de que a Ferrari está mais próxima da Red Bull neste fim de semana. Ele divide a primeira fila com Charles Leclerc. Carlos Sainz e Sergio Perez fecham a segunda fila.

Os problemas que os pilotos tiveram nas duas classificações com a inconsistência da aderência vinda dos pneus não devem atrapalhar tanto na corrida, já que eles andam bem longe do limite. Eles relataram dificuldades até curva a curva, algo que tem a ver com uma combinação entre a superfície (30% mais abrasiva neste ano por conta de um tratamento que foi feito na pista), as altas temperaturas do asfalto e os já bem conhecidos dos pilotos altos limites mínimos de pressão determinados pela Pirelli

McLaren tenta entrar na briga pelo pódio

Mas esses altos e baixos relacionados ao pico de aderência da pista também indicam que a ordem do grid não é exatamente a ordem dos carros em termos de desempenho.

Um bom exemplo disso é a McLaren. Eles vêm tendo um final de semana forte com um carro bastante atualizado (com mais peças novas no carro de Lando Norris do que no de Oscar Piastri), mas não conseguiram transformar isso em boas posições de largada. Norris larga em quinto, Piastri em sexto, mas sabendo que podem ser uma ameaça aos carros da frente em termos de ritmo de corrida.

E Norris guardou um jogo de pneus macios, que ele pode usar no começo da prova para ter mais aderência na largada.

Atenção aos ousados na largada

Essa dificuldade de ultrapassar e a maior paridade entre os carros indica uma largada em que os pilotos terão de assumir alguns riscos porque a posição de pista será fundamental. Depois de mergulhar de forma bastante otimista na primeira curva na sprint, Lewis Hamilton disse que vai repetir a dose no GP. Ele larga um pouco mais à frente, na oitava colocação, ao lado do companheiro George Russell, sétimo.

Quem também pode ser mais agressivo é Fernando Alonso, que sai em 15º e está irritado com o fato de Hamilton não ter sido punido pela manobra na sprint. Não é de se duvidar que ele vá testar a coerência dos comissários, que decidiram não fazer nada porque o incidente era na primeira volta e porque não dava para apontar um único culpado, já que o próprio Alonso também perdeu a freada. O espanhol é outro piloto que guardou jogos de pneus macios.

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E o fundo do grid tem dois pilotos largando fora de posição após classificações ruins. Daniel Ricciardo terminou a sprint em quarto, segurando Sainz, e vai largar em último. E Kevin Magnussen roubou a cena no sábado com quatro punições na sprint, tentando pilotar da maneira mais lenta possível para preservar os pontos do companheiro Nico Hulkenberg, e está saindo de 18º.

De olho no Safety Car

A escolha de compostos para Miami é conservadora, então é possível fazer uma parada mesmo com o forte calor. É claro que será necessário poupar os pneus, mas a posição de pista é tão importante devido à dificuldade de se ultrapassar que vale a pena adotar um ritmo mais lento do que parar uma vez a mais, com o risco de ficar preso no trânsito.

Mas há uma situação em que o cenário muda: no caso de um Safety Car, dependendo de quando ele for acionado, vale a pena fazer a parada, principalmente se você está preso atrás de carros mais lentos.

Para Verstappen, esse cenário faz com que seja importante abrir uma vantagem que, na F1, se chama de "janela de Safety Car". Ele precisa abrir um tempo suficiente para fazer a parada no caso da corrida ser neutralizada e voltar na frente, então algo em torno de 13s. Porém, o ritmo da Ferrari tem sido forte em Miami, e essa tarefa pode não ser tão simples para o líder do campeonato.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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