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GP dos 70 Anos da F1: datas, horários e tudo sobre a corrida

Lewis Hamilton venceu em Silverstone em sete oportunidades - LAT Images/Mercedes
Lewis Hamilton venceu em Silverstone em sete oportunidades Imagem: LAT Images/Mercedes

Colunista do UOL

06/08/2020 04h00

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A data exata do aniversário de 70 anos da Fórmula 1 já passou há alguns meses, mas é neste final de semana que a categoria vai comemorar pelo menos no mesmo palco em que foi realizada a primeira corrida da história da categoria: depois de sediar o GP da Grã-Bretanha no domingo passado, Silverstone receberá a corrida batizada de GP do Aniversário de 70 Anos. O formato da pista e os horários serão os mesmos da semana passada, mas com uma diferença que pode influenciar bastante a corrida: os pneus, que roubaram a cena no último domingo, serão ainda mais macios.

A ideia da Pirelli é mexer com as estratégias e provocar uma corrida com duas paradas e, depois dos problemas do último domingo, a fornecedora coloque limites mais rígidos quanto ao número de voltas que poderá ser dado com cada composto, além de aumentar a prescrição de pressão.

Voltando ao aniversário, a data do primeiro GP foi 13 de maio de 1950, em uma prova dominada pelas italianas Alfa Romeo, que ocupou as três posições do pódio e, de quebra, o quarto posto também! A corrida foi vencida por Giuseppe Farina, que viria a ser campeão daquela temporada.

Em 2020, é a Mercedes quem está dominando a temporada, tendo vencido todas as quatro provas disputadas até aqui. Lewis Hamilton é o líder do campeonato, com 30 pontos de vantagem para o companheiro Valtteri Bottas, que não pontuou no domingo e tenta se recuperar neste final de semana.

Como acompanhar o GP da Grã-Bretanha:

Sexta-feira, 7 de agosto
Treino livre 1, das 7h às 8h30: SporTV2
Treino livre 2, das 11h às 12h30: SporTV2

Sábado, 8 de agosto
Treino livre 3, das 7h às 8h: SporTV2
Classificação, das 10h às 11h: SporTV2

Domingo, 9 de agosto
Corrida, a partir das 10h10: Globo e BandNewsFM (transmissão começa às 9h30).

Circuito de Silverstone

Distância: 5.891km
Recorde em classificação: 1min24s303 (Lewis Hamilton, Mercedes, 2020)
Recorde em corrida: 1min27s097 (Max Verstappen, Red Bull, 2020)
Número de voltas: 52
DRS - 2 zonas
Zona 1: após a curva 4 (Aintree)
Zona 2: após a curva 14 (Chapel)

Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)

Características da pista de Silverstone

Curvas alta velocidade: a pista de Silverstone é uma das que mais testam os limites dos carros de Fórmula 1, cuja grande vantagem em relação aos outros é a velocidade com a qual é possível percorrer as curvas, devido à pressão aerodinâmica gerada pelo carro. Por conta disso, a curva 12, chamada Becketts, é a curva em que os pilotos mais sentem as forças laterais: eles são "jogados" de um lado a outro do cockpit com uma força de 4.6 vezes a força da gravidade. É o maior número de toda a temporada. É um teste para os pilotos e também para os pneus, que acabam se deformando nestas curvas e se desgastando de maneira mais acelerada.

100% de chance de SC: Pelo menos foi assim nas últimas seis corridas disputadas pela Fórmula 1 no circuito de Silverstone. De 2015 para cá, as provas no circuito tiveram um total de oito intervenções do Safety Car e em todas as provas a corrida foi neutralizada pelo menos uma vez.

Duas paradas? Fazer um pit stop na pista de Silverstone se tornou algo muito demorado para os padrões da F1 depois da inauguração do novo complexo de boxes, em 2011: a pista agora tem o pitlane mais longo da temporada, com 437.1m, o que faz com que as paradas para troca de pneu demorem entre 28s e 29s, muito mais do que na maioria das pistas, que ficam entre 20 e 22s. Isso faz com que pilotos e equipes prefiram táticas de parar o mínimo de vezes possível nos boxes. Mas isso será muito difícil neste final de semana devido à seleção de pneus da Pirelli.

Curiosidades sobre os 70 Anos da F1

A primeira temporada da Fórmula 1 teve oito corridas e maioria delas está também no calendário atual (ou pelo menos estava antes da pandemia do coronavírus): além da Inglaterra, Bélgica, Itália, EUA, França, Mônaco fizeram parte daquele campeonato, ou seja, só a Suíça hoje não recebe mais GPs. Mas nenhuma pista é exatamente igual a hoje. O circuito do primeiro GP da Inglaterra era formado principalmente por retas longas e apenas oito curvas. Curiosamente, todas elas ainda estão no circuito atual: as curvas do traçado de 1950 eram Copse, Woodcote, Stowe, Maggots, Becketts, Chapel, Club, Abbey.

A Ferrari é a única equipe que disputou todos os campeonatos da Fórmula 1, mas o time italiano não esteve presente na primeira corrida, e nunca ficou muito bem explicado por que o time fez essa opção. Na verdade, ainda que a F1 tenha chegado aos 1000 GPs no começo do ano passado (GP da China), a Scuderia só completa as mil provas no que será o GP da Toscana, em Mugello, em setembro. A maioria destas provas que a Ferrari não disputou foram nas 500 Milhas de Indianápolis, que contavam para o campeonato da F1 em seus primórdios. Mas houve até greves na Itália que deixaram a Scuderia de fora de algumas provas.

Não existia campeonato de construtores na F1 quando a categoria começou, apenas o de pilotos. A primeira vez que as equipes também tiveram uma disputa oficial foi em 1958 (e a corrida das 500 Milhas de Indianápolis não contava para este campeonato, já que poucos times europeus se aventuravam na prova). Das equipes do grid atual, só a Ferrari, novamente, disputa o título de construtores desde sempre. A segunda equipe mais antiga ainda no grid é a McLaren, que entraria no campeonato apenas em 1966.

O GP da Grã-Bretanha de 1950 ficou conhecido como o primeiro GP da Fórmula 1, mas na verdade esse era um projeto que já vinha desde o final da década de 1930 e acabou sendo colocado de lado durante a Segunda Guerra Mundial. Existe alguma confusão de qual teria sido a primeira corrida disputada com carros com a configuração de F1. Há quem diga que a primeira prova foi em Nice, há quem fale que foi em Turim, mas o fato é que a categoria começou em 1946. Mas essa data de 1950 é considerada histórica porque foi a primeira de um campeonato de Fórmula 1 em si.

Ou seja, houve mais de 20 corridas de Fórmula 1 mesmo naquele ano de 1950, mas menos da metade contou para o campeonato. E essa tradição de ter os carros e pilotos da F1 em corridas que não contavam para o campeonato durou até 1983.