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NBB deve ficar fora da Band; Superliga ainda tenta TV Cultura

Equipe de transmissão da Band no NBB - Divulgação
Equipe de transmissão da Band no NBB Imagem: Divulgação

22/10/2020 14h07

Com Gabriel Vaquer, do UOL Esporte

As duas principais ligas brasileiras de esportes olímpicos não têm garantia de que terão transmissão em TV aberta na temporada que está para começar. O Novo Basquete Brasil (NBB) dificilmente continuará tendo seus jogos transmitidos pela Band, enquanto a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) ainda negocia para ter partidas da Superliga transmitidas pela TV Cultura, como aconteceu na temporada passada.

O NBB chegou à Band em setembro de 2018, com partidas sempre no início da tarde de sábado. Um ano depois, em setembro do ano passado, Band e Liga Nacional de Basquete (LNB) anunciaram um novo contrato, com validade por três anos. "A parceria da Band com o NBB acontece mais uma vez, reafirmando a crença que temos na importância que o esporte tem para sociedade como comportamento e entretenimento. Isso mantém a nossa vertente como o Canal dos Esportes", disse na ocasião o diretor de Esportes da Band, José Emílio Ambrósio.

Mas o casamento durou pouco. Após a paralisação da temporada 2019/2020 por causa do coronavírus, a Band informou que estava encerrando o contrato, pelo qual pagava um valor não revelado à Liga. Com a próxima temporada confirmada para começar em 10 de novembro, as duas partes voltaram a conversar, mas um acordo é improvável, apesar de a Band ter ampliado sua programação voltada ao esporte.

Sem a Band, a LNB está no mercado discutindo possibilidades. Há conversa constante com a RedeTV!, que transmitiu a competição em 2015 e 2016. Hoje, porém, o tipo de contrato é diferente. Até o início de 2019, quando Jair Bolsonaro (sem partido) assumiu a presidência da República, a Caixa, então patrocinadora do NBB, comprava espaço publicitário nas transmissões, ajudando o negócio a ser viável. Sob Bolsonaro, o banco deixou de fazer isso, mantendo só o contrato com a liga até ele se encerrar, em março, e não ser renovado.

Sem a Caixa, a liga precisou refazer suas contas, o que impacta também nas transmissões. A meta é manter a proposta de transmissão multiplataforma e ter 100% dos jogos transmitidos, como na temporada passada. Mas, por enquanto, só ESPN (um jogo por semana) e DAZN (pay per view) renovaram. A Fox Sports não continua, mas a liga pretende seguir tendo partidas transmitidas no Facebook, no Twitter e no Twitch, uma plataforma popular nos jogos eletrônicos.

Ao menos no primeiro turno do torneio, um trunfo da liga é o modelo de jogos em sedes fixas, o que reduz custos operacionais, incluindo os de transmissão. As partidas vão acontecer em somente quatro cidades (Mogi, São Paulo, Rio e Brasília), com até quatro partidas em um mesmo dia em um mesmo ginásio. Como é a própria liga que gera as transmissões, ela pode, com uma diária, gerar imagens de quatro jogos para quatro plataformas diferentes.

Superliga também negocia

Faltando menos de duas semanas para o início da Superliga, a competição ainda não tem garantia de transmissão em TV aberta. O SporTV decidiu ampliar muito o espaço dado à competição, tendo anunciado a transmissão de metade de jogos da primeira fase, tanto no masculino quanto no feminino. As partidas escolhidas são, via de regra, as melhores da rodada. Sesc/Flamengo e Sada/Cruzeiro, por exemplo, terão todos seus 11 primeiros jogos transmitidos no SporTV.

As demais partidas serão transmitidas pelo PPV do vôlei, o Canal Viva Vôlei, na TVNSport. A assinatura custa R$ 89,90, para toda a temporada, masculina e feminina, mas não inclui os jogos do SporTV. Porém, o site do PPV não informa quantas partidas são incluídas.

Nas primeiras conversas com a Cultura, que transmitiu um jogo masculino e um feminino por semana na temporada passada, a CBV pediu um valor considerado alto demais pelo canal, para cobrir os custos de transmissão. Recentemente a confederação apresentou um valor mais baixo, que agora é discutido internamente. Por causa da crise financeira causada pelo coronavírus, a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Cultura, precisa de aprovação do governo estadual para assumir novos custos.

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