Brasil está fora da estreia olímpica da escalada
O Brasil não terá representantes na estreia da escalada esportiva no programa olímpico, em Tóquio. A última chance de classificação foi o Campeonato Pan-Americano da modalidade, disputado no fim de semana em Los Angeles (Estados Unidos). Só um brasileiro chegou à final: César Grosso, que terminou na sétima colocação, apesar de fazer seu recorde pessoal. Só uma vaga estava em jogo.
Na estreia da escalada como esporte olímpico, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o comitê organizador disponibilizaram uma cota pequena de credenciais de atletas: apenas 40. E a realização de somente duas provas - uma masculina, uma feminina. Assim precisou ser criada uma prova combinada, com a possibilidade de classificação de apenas 20 homens e 20 mulheres.
Essa prova combinada envolve três outras provas que usualmente são disputadas de forma separada: boulder (em paredes baixas, sem cordas, realizando movimentos fortes e explosivos), lead (paredes altas, de alta dificuldade, na qual vence quem chega mais alto), e speed (dois escaladores enfrentam a mesma via, ganhando quem for mais rápido).
A criação dessa nova prova fez com que atletas que antes eram especializados em uma dessas provas tivessem que se adaptar para competir em todas. Foi o caso de Grosso, especialista em boulder e speed. Mas, longe da elite mundial, ele sequer participou da temporada passada da Copa do Mundo, por exemplo. No Mundial, foi 69º no boulder e 78º no speed.
No Pan-Americano, terminou em sétimo, atrás de quatro norte-americanos e dois equatorianos. No feminino, Thais Makino foi a 15ª. Nenhum país da região está entre as potências da modalidade, porém. A tendência é que, na Olimpíada, as medalhas de ouro sejam disputadas por japoneses e eslovenos.
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