Milton Neves

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Opinião

No Dia do Árbitro, listo os cinco melhores que eu vi

Existem no futebol tarefas fáceis e tarefas difíceis.

Sabe qual é a mais simples?

Apresentar programa pós-rodada.

Incrível, mas, em 50 anos de plantão esportivo, jamais errei o resultado de uma partida nas edições do "Terceiro Tempo" no rádio e na TV.

E quais as mais difíceis?

Aí temos uma lista: ser narrador no rádio, ser goleiro, ser artilheiro, ser bandeirinha e ser árbitro.

E, nesta última modalidade, acompanhei, como torcedor ou como membro da crônica especializada grandes e honestos nomes desfilando competência com o apito na boca.

Abaixo, faço uma lista dos melhores que eu vi.

Lembrando sempre, é claro, que todos eles erraram em suas carreiras.

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Mas foram árbitros extremamente competentes e, principalmente, honestos.

1º - Carlos Eugênio Simon

Simon sempre foi um árbitro extremamente confiável. Errou algumas vezes, mas sempre foram equívocos imponderáveis, jamais erros premeditados. E ele ocupa o primeiro lugar desta lista com apoio dos jornalistas Fábio Piperno e Ronald Gimenez, fanáticos torcedores do Fluminense.

2º - Armando Marques

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O nome mais marcante do apito brasileiro. Seu estilo rigoroso marcou época e serviu de inspiração para muitos outros árbitros. Tanto que sempre era chamado para apitar decisões importantes Brasil afora. Tinha como característica não tolerar lances violentos. Também não se intimidava com a truculência dos cartolas. Mas, claro, cometeu grandes erros em sua carreira. Como na final do Paulista de 1973, entre Santos e Portuguesa (errou na contagem dos pênaltis), no gol legal de Leivinha que anulou na decisão do Estadual de 1971, entre Palmeiras e São Paulo, e no duelo decisivo do Brasileirão de 1974, quando tirou o gol legítimo do cruzeirense Zé Carlos contra o Vasco.

3º Arnaldo Cezar Coelho

Uma das pessoas mais corretas da história do apito e do microfone. Tremendo bom caráter e apitou muito bem durante toda a sua carreira. Apesar de ter prejudicado o Santos na final do Brasileiro de 1983, não dando pênalti de Marinho em Pita. Com aquela penalidade convertida, o Peixe teria vencido no Maraca. Mais um título que o Flamengo ganhou no apito.

4º Roberto Goycochea

O argentino que apitou nos anos 60 e 70 aqui no Brasil marcou época com o uniforme preto. Roberto Goycochea foi, sem dúvidas, um dos melhores árbitros de todos os tempos. Tanto que, depois de pendurar o apito, se tornou diretor da comissão de arbitragem da AFA. Uma pena que ele tenha dado azar para o Santos naquele 6 de março de 1968, no Pacaembu, dia em que o Corinthians venceu o Peixe após 11 anos levando um baile da equipe praiana.

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5º Romualdo Arppi Filho

Tecnicamente, Romualdo é considerado o melhor de todos. Não à toa apitou a final da Copa do Mundo de 1986. Às vezes se perdia querendo fazer média, ficando em cima do muro. Mas nada que apague o brilho de sua brilhante carreira.

Menção honrosa: José Aparecido de Oliveira

Um dos mais injustiçados árbitros de todos os tempos. Tanto que ganhou o apelido de "Barbosa do Apito". Zé Aparecido sempre foi honesto, correto e, infelizmente, acabou sendo vítima de racismo naquela tão comentada final do Paulista de 1993.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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