Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Inquinado, ´inho´: Paulista com problemas antigos e uma vitória inconteste
Quando a arbitragem é protagonista nas entrevistas pós jogo, algo muito, muito errado aconteceu. Mais uma vez o Campeonato Paulista vai ser lembrado por decisões no mínimo questionáveis e por uma interferência externa descabida e cada vez mais frequente.
O VAR, ano 5 no Brasil, só piora.
O mesmo cidadão (José Claudio Rocha) que achou por bem atrapalhar a arbitragem de Palmeiras x Corinthians há algumas semanas para indicar pênalti em lance entre Gil e Danilo, ontem não viu nada (e não houve) entre Murilo e Carelli. Como pode? Qual o critério? Errou no Allianz? Errou ontem? Piscou e não viu?
Esse mesmo senhor achou que Marcos Rocha fez pênalti ao se "autoabraçar". Realmente é inacreditável o que se tornou o exporte instituído por Leonardo Gaciba aqui: no Gacibol, ter braços é correr o risco e assumir atitude temerária.
Sabe como a comissão de arbitragem avaliou o apito depois da primeira final do Estadual no Morumbi? "Um orgulho", segundo post de Ana Paula Oliveira, chefe da comissão da FPF.
Teve mais. Teve cartão de mais e de menos. Teve olhar míope para simulações. Houve um juiz (Douglas Marques das Flores) em campo escalado depois de fazer jogos contestáveis durante a fase de classificação do Paulista. Não é realmente de se orgulhar...
Isso posto. Também não foi de se orgulhar a atuação do Palmeiras, a pior sob o comando de Abel Ferreira. Time não foi bem defensivamente, não teve potência física, não foi veloz e letal no contra-ataque e falhou em bolas paradas.
A ausência de Danilo deixou a dinâmica do meio-campo burocrática e previsível. Mas não foi só isso. Alguns trunfos do Palmeiras não estiveram em campo: Weverton não fez diferença com seus passes-assistências, o cardápio de dribles e tabelas entre Dudu e Veiga esteve pálido; Rony pouco participou do jogo.
Já o São Paulo fez um segundo tempo dominante. Pênalti do 1 a 0 à parte, o time de Ceni voltou para o segundo tempo melhor. Impôs-se, competiu, abafou, empurrou o Palmeiras ainda mais para o campo de defesa. Fez mais dois gols, mas poderia até ter feito mais.
O São Paulo disputou uma final. O Palmeiras não teve nem de longe o mesmo brilho e entrega. Essa é a marca, não mancha, da primeira final do Paulista 2022.
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