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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Palmeiras não teme queda técnica sem Felipe Melo e aposta em novos líderes

Felipe Melo comemora com a torcida a conquista do tricampeonato da Libertadores pelo Palmeiras - REUTERS/Mariana Greif
Felipe Melo comemora com a torcida a conquista do tricampeonato da Libertadores pelo Palmeiras Imagem: REUTERS/Mariana Greif

Colunista do UOL

07/12/2021 11h37

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A avaliação da diretoria do Palmeiras e da comissão é que a saída de Felipe Melo será substituída nos aspectos mais importantes: tecnicamente e na liderança. Além disso, a mudança deixa um marco importante de renovação do elenco que tem sido muito vitorioso nos últimos anos. A reformulação do grupo inclusive foi citada por Maurício Galiotte, presidente do clube, como um dos motivos que levaram a não renovar com o volante.

Dentro de campo, a substituição é considerada a mais tranquila, visto que Danilo vive grande fase e consegue cumprir com ainda mais vigor físico a posição de primeiro volante. Os concorrentes são Patrick de Paula e Matheus Fernandes. Não está descartada a chegada de mais um nome para o setor, especialmente porque Danilo Barbosa não deve continuar.

Nas últimas partidas em que o time foi representado pelo sub-20, como no empate de ontem em 0 a 0 com o Athletico-PR, atual finalista da Copa do Brasil, os jovens vivem um novo período de avaliação, que traz mais dificuldades que no dia a dia de treinamento. A contratação de um atleta para o setor, no entanto, não está entre as prioridades de Abel. O que mais tira o sono do treinador é a chegada de um camisa 9 e de um meia que também possa jogar mais à frente.

O que mais foi debatido internamente foi o buraco de liderança deixada por Felipe Melo. O jogador era um dos mais experientes e teve atuações marcantes em partidas decisivas, como a contra o Atlético-MG, pela semifinal da Libertadores, quando ficou marcado pelos combates com Hulk.

Fora de campo, ele também era um dos mais ativos nas preleções, como a que ficou famosa na final da Libertadores, e na hora de tentar ajudar os mais jovens. Em várias ocasiões que ficava no banco, ele atuava quase como um terceiro assistente de Abel Ferreira dando instruções táticas.

Os candidatos a esse cargo são Gustavo Gómez, que dividia a faixa de capitão com o meio-campista, Weverton, Dudu e Willian, que são atletas mais experientes e já tem representatividade no elenco. O último tem contrato até o fim do ano que vem, mas sua saída não pode ser descartada. Nos últimos dias, Willian teve seu nome ligado ao Santos.

Felipe foi bastante elogiado por ser extremamente profissional, apesar de ter acumulado alguns arranhões públicos nas relações com profissionais que estiveram no comando, seja como foi com Cuca, que era treinador, ou mais recentemente com Maurício Galiotte, presidente palmeirense até o dia 15 de dezembro.

Internamente, o volante é extremamente respeitado, recebeu várias homenagens e tem seu nome repetidamente colocado na história do Palestra Itália. Isso, no entanto, não impede a diretoria de considerar que todo ciclo tem seu fim.

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