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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Cartolas da CBF chegam em cima da estreia da seleção, mas evitam vestiário

Coronel Nunes durante tour de imprensa na Granja Comary em maio - Mauro Pimentel/AFP
Coronel Nunes durante tour de imprensa na Granja Comary em maio Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Colunista do UOL

14/06/2021 04h00

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*Com Igor Siqueira e Gabriel Carneiro, do UOL, no Rio de Janeiro e em Brasília

Depois de desembarcar em Brasília no sábado sem a presença de cartolas, a seleção brasileira recebeu a companhia de três deles horas antes de estrear na Copa América, contra a Venezuela. O presidente em exercício, Coronel Nunes, chegou na capital do país acompanhado do secretário-geral da CBF, Walter Feldman, e do vice-presidente Ednaldo Rodrigues.

Os três ficaram em um hotel diferente do da delegação, como já é de costume em outras viagens nacionais e internacionais, e voltarão antes do grupo de atletas para o Rio de Janeiro com o objetivo de vender o avião que foi comprado pelo presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo. O retorno está marcado para esta manhã, enquanto o time ainda treinará em Brasília antes disso.

Nunes, Feldman e Rodrigues também evitaram contato com o grupo no Estádio Mané Garrincha e tiveram breve passagem pelo hotel do time. Eles, no entanto, não encontraram com os atletas nos momentos que antecediam a partida no vestiário, fato que normalmente acontecia quando Caboclo ainda estava no poder.

O trio assistiu ao jogo das tribunas e fez contato com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, além de representantes da seleção venezuelana, sem a presença de políticos locais.

No auge da crise, inclusive, Caboclo chegou a causar constrangimento tentando discursar no vestiário antes do jogo contra o Equador pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em Porto Alegre, no Beira-Rio.

Em Teresópolis, na Granja Comary, é provável que mais dirigentes da CBF visitem a delegação que ficará hospedada por lá durante toda a Copa América.

Nos próximos dias, Rogério Caboclo apresentará a sua defesa no Comitê de Ética da entidade para tentar provar a sua inocência e voltar ao poder da entidade.