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Danilo Lavieri

Desfalques do Palmeiras não justificam derrota e péssimo futebol no Rio

Lance do confronto Botafogo e Palmeiras, no Rio, pelo Brasileirão - Thiago Ribeiro/AGIF
Lance do confronto Botafogo e Palmeiras, no Rio, pelo Brasileirão Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colunista do UOL

07/10/2020 23h27

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O Palmeiras não pode usar os desfalques que teve para jogar hoje à noite (7) como desculpa para a derrota sofrida diante do Botafogo no Rio de Janeiro. Mesmo com ausências importantes como as de Weverton, Gabriel Menino, Gustavo Gómez e Viña, o time paulista é muito melhor que o carioca e tinha a obrigação de vencer se tem o objetivo de disputar as primeiras posições.

Ainda que tivesse empatado com o pênalti perdido por Willian, o resultado não seria satisfatório. Não que isso seja novidade, já que os palmeirenses se acostumaram com o time entregando pontos que não podia durante todo o campeonato. O desempenho do Alviverde também foi ruim, com melhora apenas depois de o Alvinegro abrir 2 a 0 e abdicar do ataque.

Claro que o Botafogo tem uma grande história, mas as condições de investimento das duas equipes, as estruturas e as pretensões de ambas as equipes são completamente diferentes. Basta ver que quase o banco inteiro do Palmeiras brigaria para ser titular no time de General Severiano. Talvez, a exceção seja para goleiro.

O Alvinegro luta contra o rebaixamento, tinha apenas uma vitória no Brasileirão e só não foi vazado em três empates que teve no Nacional. Hoje, ele chegou à segunda vitória e marcou dois gols num jogo pela quarta vez 14 jogos.

Para piorar a situação, a derrota não foi coincidência ou aqueles acasos do futebol. O Palmeiras jogou muito mal e não conseguiu ver nem mesmo a sua defesa manter a solidez que tanto orgulha Vanderlei Luxemburgo. A transição do meio para o ataque conseguiu ser ainda pior que a de outras partidas, com melhora apenas depois que os donos da casa já estavam com 2 a 0 no placar.

O Palmeiras melhorou no segundo tempo com as cinco substituições, que aliás mostram que Luxemburgo errou em algumas escolhas iniciais. Rony não justifica a aposta e só conseguiu jogar bem diante do Bolivar, que é um time fraquíssimo. Bruno Henrique não pode ganhar o espaço de Zé Rafael. Lucas Lima, que teve boas apresentações deslocado pela direita, poderia ter mais oportunidade.

Há os que dirão que "ao menos o Atlético-MG também perdeu pontos na rodada". Na minha visão, o pensamento deveria certo ser "perdeu a chance de ficar a dois pontos do líder". Até porque a rodada ainda teve as vitórias de São Paulo e Flamengo que também estão na briga. De quebra, o Alviverde ainda perde a defesa de estar invicto, apesar de jogos ruins.