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Danilo Lavieri

Oposição quer impeachment de Andrés para servir de exemplo no Corinthians

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, durante coletiva - Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, durante coletiva Imagem: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Colunista do UOL

14/07/2020 13h52

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Mesmo com a eleição marcada para novembro deste ano, a oposição corintiana mantém que vale a luta pelo impeachment de Andrés Sanchez neste pouco tempo. A ideia é que a eventual derrubada do atual presidente sirva de exemplo para os próximos gestores do time paulista.

O projeto ganhou força ontem (13) à noite, com a recomendação do Conselho de Orientação do Corinthians de reprovar as contas do ano passado, que fecharam em déficit de R$ 177 milhões e podem aumentar dependendo de ações na Justiça.

Antes, há duas semanas, o Conselho Fiscal também já havia recomendado que as contas fossem reprovadas. Agora, se o Conselho Deliberativo fizer eco à reprovação, a retirada de Andrés do poder ganha ainda mais força. Ainda não há data para esse encontro dos conselheiros.

Mesmo antes desse processo interno, o grupo de oposição Frente Liberdade Corinthiana havia acionado a Justiça Comum, com um pedido de impeachment no Fórum do Tatuapé assinado por conselheiros, sócios e torcedores, com algumas evidências de má administração.

Herói Vicente, um dos líderes da oposição, explica que a medida precisa continuar mesmo com as eleições próximas de serem realizadas. "Claro que sim (o processo continua). Um dos pedidos da ação é a declaração de inelegibilidade do gestor temerário, conforme os termos do Profut e da Lei Pelé. Há uma finalidade pedagógica no processo. Os próximos gestores têm de entender que a legislação e o Estatuto precisam ser cumpridos", afirmou ao blog.

O conselheiro aponta que a eventual destituição de Andrés garantirá a permanência do Corinthians no Profut, na medida em que o clube demonstrará que de fato cumpre as diretrizes públicas e respeita as leis em vigor

Herói disse que a medida não tem interesse político no impeachment de Andrés e afirmou que o grupo ainda não definiu a posição nas eleições. "Ainda não decidimos nada. O movimento de reprovação das contas é técnico, não político. Primeiro resolvemos a questão das finanças, depois a questão da eleição", finalizou.