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Reportagem

Corinthians se classifica com vitória fraca e susto forte

O América de Natal queria apenas ter um resultado digno em Itaquera, time de Série D que é e com boa parte dos jogadores em recuperação de virose.

Havia perdido por 2 a 1 em casa e não alimentava maiores ilusões contra o Corinthians que, por sua vez, diante da proposta pacífica do adversário, acomodou-se com atuação quase em ritmo de treinamento.

Ficou com a bola, atacou, mas pergunte o nome do goleiro do clube potiguar.

A resposta é não sei.

Até que um bate-rebate entre dois zagueiros americanos, dentro da área, permitiu que a bola sobrasse para Bidon entregá-la para Yuri Alberto, absolutamente livre na altura da marca de pênalti, e, aos 42 minutos, o centroavante pôs o Corinthians na frente.

Alguém poderá reclamar que o grito de gol o acordou, mas também dormir antes das nove da noite é exagero.

E, você sabe, corintianos nunca podem dormir tranquilos.

Logo aos 6 minutos do segundo tempo o Corinthians tomou um gol em cobrança de lateral afastada por Félix Torres nos pés de Wanderson na entrada da área sem nenhuma proteção e ele empatou 1 a 1.

Talvez animasse os visitantes a serem mais audaciosos, até porque tinham jogado melhor no jogo de ida.

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Serviu é verdade para os anfitriões se tomarem em brios e irem com mais perigo em busca do segundo gol. Afinal, vinham de oito dias sem jogos e tinham de mostrar mais em sua casa lotada.

Mosquito e o ilustre Igor Coronado, em férias regiamente pagas pelo Corinthians, foram chamados para os 20 minutos finais, nos lugares de Romero e Bidon.

Com vida de sheik na Arábia Saudita, Coronado tem pinta de craque e usa a camisa 77, ano santo para a Fiel, e encontrou no Parque São Jorge a vida que pediu a Alá.

O Corinthians foi empilhando chances, mas, assim, sem angústia, como se não houvesse risco de levar a virada e a decisão ir para a marca da cal. Risco não havia mesmo, diga-se, mas o futebol é o futebol.

Yuri saiu e Pedro Raul o substituiu, aos 35, a tempo de ver Gustavo Henrique perder o segundo gol ao furar na segunda trave, aos 37.

Atenção: Gustavo Henrique é jogador do América.

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Em resumo, o time paulista ajudava pouco a péssima direção do clube, porque numa noite em que poderia ter uma vitória tranquila para alegrar a torcida, ficava no empate frustrante com time de Série D e ainda com direito a susto.

Mas, aos 45, o zagueiro Cacá foi à frente e fez 2 a 1, depois de uma série de erros da defesa americana, diante de 39 mil torcedores.

Enfim, o times se classificou para as oitavas de final da Copa do Brasil sem dar um pingo de confiança de que poderá ir mais longe.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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