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Allan Simon

REPORTAGEM

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'Conmebol tem que agradecer ao SBT', diz Téo José sobre Libertadores

Téo José, narrador do SBT, que fará a transmissão de Flamengo x Athletico na final da Libertadores - Rogério Pallata/SBT
Téo José, narrador do SBT, que fará a transmissão de Flamengo x Athletico na final da Libertadores Imagem: Rogério Pallata/SBT

Colunista do UOL

28/10/2022 04h00

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O narrador Téo José vai fazer no próximo sábado (29) a última final do contrato que o SBT possui para transmitir a Libertadores. A partir da temporada de 2023, a emissora de Silvio Santos deixará a competição e será substituída pela Globo na TV aberta.

Em entrevista exclusiva à coluna, concedida pouco antes de viajar a Guayaquil, no Equador, o narrador fez um balanço sobre as três edições transmitidas pelo canal entre 2020 e 2022 e disse que a Conmebol deve agradecer pelo trabalho realizado.

"A Conmebol, com o trabalho que a gente fez na Libertadores, ganhou bastante. A Conmebol deve... o presidente dela tem que acordar todo dia e agradecer ao SBT, porque o que eles faturaram na concorrência da Libertadores e também com a Sul-Americana foi um negócio impressionante", disse Téo José.

Em maio deste ano, segundo informou a coluna de Rodrigo Mattos no UOL, a Conmebol garantiu uma arrecadação de US$ 1,5 bilhão pelo ciclo de 2023 a 2026 com a venda de direitos de transmissão para o Brasil e América do Sul na licitação da Libertadores, Recopa e Copa Sul-Americana. O SBT, apesar de ter perdido a competição principal para a Globo, garantiu a transmissão da Sula nos próximos quatro anos.

A trajetória do SBT na Libertadores começou em setembro de 2020, quando a emissora assumiu o contrato de TV aberta após a rescisão unilateral promovida pela Globo no contexto da pandemia. Desde então, todas as finais da competição envolveram apenas times brasileiros, com as vitórias do Palmeiras sobre Santos e Flamengo.

Neste sábado, o Flamengo encara o Athletico Paranaense às 17h (horário de Brasília) na despedida da emissora de Silvio Santos do torneio. Téo José analisou o legado que o SBT deixa para a Libertadores nos próximos anos.

"Dois pontos. Primeiro, todos os times que estiveram no campo do SBT tiveram um tratamento absolutamente igual. Um tratamento de um respeito máximo como o esporte pede. Não teve essa história de preferência para um, preferência para outro, teve só na cabeça de jornalista, mas se você pegar o histórico, se você fizer o estudo nos jogos que a gente transmitiu, você pode ver que foram jogos por merecimento de audiência, de peso, de time, e de torcedor. Mas todos foram tratados de forma igual", disse o narrador, que destacou que o segundo ponto foi o espaço maior concedido à competição na grade de programação.

"Onde se pensou em abrir uma transmissão com mais de duas horas de espera (pré-jogo)? Nunca se pensou isso. E a gente fez em todas as finais. A gente fez na primeira (Palmeiras x Santos), mesmo com a pandemia que era mais difícil, a gente fez na segunda e a gente vai fazer na terceira. Isso mostra que mesmo tendo um time que não é paulista, que é o Athletico Paranaense, a gente vai fazer do mesmo jeito. Porque muita gente fala 'ah, o SBT é uma televisão paulista'. Realmente a emissora tem sua sede em São Paulo, mas é Sistema Brasileiro de Televisão", a gente vai fazer e dar o mesmo tratamento como se tivesse uma ou duas equipes paulistas", afirmou Téo.

O narrador ainda brincou citando um terceiro ponto. "As chamadas. Aí o bicho pega, porque aí vai ser mais difícil. Eu já vi até algumas tentativas (da concorrência), mas... (risos)."

Sobre a mudança de competições com a saída da Libertadores e a chegada da Copa Sul-Americana, que ficou fora da TV aberta nos últimos quatro anos e retornará pelas mãos do SBT em 2023, Téo José se disse motivado para fazer o torneio "mudar de patamar".

"Eu garanto uma coisa, a gente vai dar o mesmo tratamento para a Sul-Americana que está sendo dado para Libertadores. A não ser que tenha algo de força maior, a gente não vai abrir a transmissão três minutos antes, não. A gente vai vai tratar a competição com respeito que ela merece, e que o torcedor merece", afirmou.

O narrador também disse que o SBT "está no mercado em busca de bons eventos", mas não deu detalhes sobre as competições que a emissora pode buscar nos próximos anos.

"O que eu ouvi dos nossos maiores diretores é o seguinte: o futebol, o esporte, é uma realidade dentro do SBT. E foi provado isso, a gente comprou um campeonato de praticamente três temporadas (Libertadores), outro de três temporadas, que é a Liga dos Campeões, a Sul-Americana agora por quatro temporada, e tudo está sendo cumprido e entregue mais do que está no papel", disse Téo.

"A gente sabe que a concorrente principal (Globo) tem um poder grande em todos os sentidos, de qualidade, competência, financeiro, de audiência, mas a gente está no SBT. Eu falo isso para a nossa equipe, nós somos o SBT, nós gigantes. A gente não vai desistir. Pelo contrário, as vitórias e as derrotas só serviram para motivar a nossa diretoria e eu sou muito grato ao pensamento que a gente tem hoje dentro da diretoria do SBT", completou o locutor.