Corinthians, Fluminense, Vasco: os humilhados serão exaltados?
Primeiramente, cabe esclarecer aos apressados que não me refiro aqui à história destes grandes clubes, e sim ao seu momento atual.
Ontem, o Corinthians amassou o Athletico-PR e conseguiu, depois de um longo e tenebroso inverno, vislumbrar um futuro fora do Z4 do Brasileirão. Os 5 a 2 sobre a equipe paranaense, que foi parar na zona da degola depois de dez partidas sem vencer, perigando cair no ano de seu centenário, teve de tudo. Golaço de Matheuzinho logo aos 4 minutos, Cacá ampliando aos 17, empate rápido do Furacão, primeiro gol de Memphis com a camisa alvinegra e por aí vai.
Ademais, o Timão se encheu de moral para enfrentar o Flamengo, no domingo, pela Copa do Brasil. Precisa reverter em casa o placar de 1 a 0 construído pelo adversário no Maracanã, o que parece mais alcançável do que nunca.
Especialmente depois da derrota rubro-negra de ontem. Sim, a equipe de Filipe Luís enfrentou o Fluminense bastante desfalcada e talvez já meio largada do Brasileirão. Mas mesmo com todas as ressalvas — uma delas a de que o clube tem excelentes reservas — e os problemas causados pelo calendário, é difícil defender a atuação do time.
O Tricolor venceu o arquirrival com alguma facilidade e conseguiu finalmente se descolar um pouco da turma do fundão. Dois gols marcados, um pênalti desperdiçado e pouco risco sofrido contra um dos elencos mais caros do país. Passados meses de sofrimento, dá até para voltar a sonhar com alguma coisa.
Assim como o Vasco. Diante do imbróglio com a 777 e um início cheio de tropeços, tudo indicava mais uma temporada para cardíacos. Eis que o Gigante da Colina está na metade de cima da tabela e também nas semis da Copa do Brasil. Como o Corinthians, precisa reverter em casa uma vitória simples conquistada pelo Galo, na Arena MRV. Se alcançar o feito amanhã, em São Januário, estará a duas partidas de um título importante em 2024. Quem diria.
Chegou a hora de quem estava assustadoramente perto do precipício alçar voo? Os humilhados serão exaltados na reta final de um ano cheio de emoções? Ou vai ficar tudo como dantes, com os ricos no topo e os enrolados lutando para meramente sobreviver?
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
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