Palmeiras vê hipocrisia em cobrança de paraguaios por racismo no Allianz
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A Associação Paraguaia de Futebol cobrou punições severas pelo caso de racismo ocorrido no Allianz Parque, na quarta-feira, em que um torcedor alviverde imitou um macaco na direção da torcida adversária.
A coluna apurou que o Palmeiras avalia a cobrança como uma demonstração clara de hipocrisia dos paraguaios.
Quando Luighi foi vítima do mesmo crime em Assunção, Cerro Porteño, Associação Paraguaia e a polícia do país não adotaram nenhuma providência.
O clube entende que fez em poucas horas o que os vizinhos não fizeram em dois meses.
Com a ajuda do sistema de biometria facial e das câmeras de vigilância do Allianz Parque, o Palmeiras identificou o racista e enviou uma notificação extrajudicial dando a ele ciência de que:
- foi bloqueado no sistema de venda de ingressos para as partidas do clube como mandante;
- foi excluído do programa Avanti;
- será acionado judicialmente para ressarcir o clube de eventuais prejuízos esportivo e financeiro em caso de punição imposta por consequência de sua conduta.
O Palmeiras ainda registrou Boletim de Ocorrência junto ao Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) para a completa apuração do caso.
O Alviverde afirma que aceitará a provável punição da Conmebol, mesmo tendo tomado todas as providências cabíveis. Entende, no entanto, que se trata de hipocrisia a cobrança vir de quem não faz nada para combater a discriminação.
Logo após o ocorrido com Luighi, Leila Pereira cobrou a exclusão do Cerro na Libertadores Sub-20 em função da reincidência - três episódios de racismo em jogos contra o Palmeiras em quatro anos - e da falta de providências adotadas pelo clube paraguaio. Até hoje não recebeu resposta.
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