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MDB 'não boicota' a Tebet, diz Eunício antes de jantar com Lula

Lula e o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) durante encontro em Brasília, em 2021 - Reprodução/Twitter
Lula e o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) durante encontro em Brasília, em 2021 Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

11/04/2022 20h39

Antes de jantar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros políticos hoje mais tarde, o ex-presidente do Senado e presidente do MDB do Ceará, Eunício Oliveira, falou que a intenção do encontro não é de "boicotar" a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência.

"Não estamos fazendo o jantar para boicotar a candidatura da Simone, falei com o presidente do partido que ia fazer essa reunião. Não tem traição", reforçou em conversa com jornalistas, pouco antes de entrar o petista.

A ideia de Lula no evento de hoje é angariar apoio do MDB para o primeiro turno, mesmo com a legenda tendo o nome de Tebet para o Planalto.

A expectativa é de que caciques da legenda - como Renan Calheiros, Romero Jucá e até mesmo Moreira Franco - participem do encontro com o petista.

Também devem estar no jantar de hoje políticos de outros partidos, como o senador Rodrigues (Rede-AP), que vai trabalhar na articulação da campanha de Lula.

Terceira via

Apesar do União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania terem feito o pacto de anunciar uma candidatura unificada em maio, Eunício, que é um dos caciques de seu partido, demonstrou estar desacreditado com a terceira via para as eleições deste ano.

"A terceira via já tem quatro candidatos, a meu ver a eleição vai acabar entre Lula e [o atual presidente Jair] Bolsonaro", falou.

Por enquanto os presidenciáveis destes partidos podem ser o ex-ministro Sergio Moro, recém-filiado ao União Brasil e com futuro incerto sobre qual cargo irá concorrer; a senadora Tebet (MDB); e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

Apesar de Doria ter sido definido como pré-candidato à Presidência de seu partido por prévias eleitorais no fim de 2021, forças do PSDB desejam que o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite represente a sigla nas urnas em outubro.

Sergio Moro era pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo Podemos, mas ao trocar de filiação causou mal-estar no novo partido por querer concorrer à Presidência e receber resistência do União Brasil.

A terceira via é o nome dado a uma tentativa de eleger um candidato que não seja o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), que polarizam as pesquisas de intenções de votos.

O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, poderia ser uma possibilidade para somar votos de eleitores descontentes com Lula e Bolsonaro, porém demonstra não ter interesse na opção.

"Terceira via são as viúvas do Bolsonaro e eu não tenho nada a ver com isso", declarou o pedetista.