Pessoas autistas dançam em vídeos para apoiar jovem que sofreu preconceito
![Lucas Pontes de Andrade dança em apoio a Gabriel - Reprodução/ Instagram](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/8f/2020/12/27/lucas-pontes-de-andrade-danca-em-apoio-a-gabriel-1609107562638_v2_450x600.jpg)
Mais de 600 vídeos de pessoas com autismo dançando estão sendo publicados nas redes sociais nos últimos dias em apoio a Gabriel Corrêa Rodrigues, 26 anos, que foi vítima de preconceito por estar dançando em uma praça no bairro de Artur Alvim, próxima à sua casa, na zona leste de São Paulo.
Lucas Pontes de Andrade, pessoa autista e ativista de 23 anos, foi um dos influenciadores que aderiram à campanha. "Este vídeo é uma forma de apoio ao Gabriel, um jovem autista que sofreu preconceito apenas por estar dançando em uma praça. Gabriel viu o vídeo preconceituoso que fizeram sobre ele e disse que nunca mais iria dançar. Por isso, nós, autistas, estamos aqui fazendo vídeos dançando e dizendo #dançagabriel."
Você não precisa mudar a sua forma de ser, as pessoas capacitistas é que precisam mudar. Não deixe de dançar, não deixe de ser o que você é. Temos orgulho de ser autistas e vamos lutar para que as pessoas nos respeitem do jeito que nós somos
Lucas Pontes de Andrade, ativista
A corrente de vídeos para que Gabriel volte a dançar começou por iniciativa da Sara Rocha, ativista portadora de Transtorno do Espectro Autista luso-brasileira que vive no Reino Unido.
"Está sendo muito importante para a conscientização sobre as pessoas autistas. Sobre o direito que elas têm de manifestações das mais diversas em público como cidadãos, como todas as pessoas. E por que não dançar?", diz Eliseu Acácio da Silva, pai de um jovem autista e padrasto de outro jovem autista, Lucas Gabriel e Lucas Gerson, de 24 e 26 anos, respectivamente.
"Meu filho autista e meu enteado autista não dançam, mas eles pulam. Assim como eles, muitos autistas têm essa característica de pular. É comum entre os autistas, embora não aconteça com todos. Esta corrente é um apoio ao Gabriel, que falou em parar de dançar pelo preconceito que sofreu, mas é também uma campanha pelo respeito e contra o preconceito."
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