VW negocia demissões no Brasil; cortes podem chegar a 35%, dizem sindicatos
Os sindicatos Metalúrgicos do ABC e de Taubaté (SP) divulgaram nota informando que estiveram reunidos com diretores da Volkswagen ontem e anteontem para tratar de adequamento da produção por conta dos efeitos da pandemia do coronavírus.
Também participaram do encontro na sede da VW em São Bernardo do Campo (SP) representantes dos sindicatos de São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR).
De acordo com as entidades sindicais, a montadora propôs uma redução média de 35% do efetivo de mensalistas e horistas nas quatro fábricas da empresa instaladas no Brasil.
A Volks também apresentou propostas que incluem "flexibilidade de jornada, corte do reajuste salarial, redução do valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e alterações em benefícios como transporte, alimentação e plano médico".
As negociações serão retomadas na próxima semana.
Por meio de nota, a Volkswagen não confirma o percentual de desligamentos planejado. Confira a íntegra da nota:
A Volkswagen do Brasil está em processo de negociação com os sindicatos das fábricas em São Bernardo/SP, Taubaté/SP, São Carlos/SP e São José dos Pinhais/PR avaliando em conjunto medidas de flexibilização e revisão dos Acordos Coletivos vigentes para adequação ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus.
Segundo a Anfavea (a associação das montadoras), a produção de veículos da indústria brasileira deve cair 45% em 2020 e a recuperação do mercado, com queda prevista de 40% em relação a 2019, é projetada só para 2025.
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