Nunca atingi orgasmo em uma relação sexual; o que eu faço?
O caminho mais fácil de chegar ao orgasmo é com a masturbação. E, segundo os especialistas, já está comprovado que a mulher que tem o hábito de se masturbar tem uma chance maior de conseguir chegar ao orgasmo durante uma relação sexual.
A masturbação ajuda na maior compreensão corporal, ou seja, você consegue identificar partes do corpo em que sente mais prazer. Por isso é tão importante que as mulheres conheçam melhor seus corpos.
Por outro lado, se você já se masturba, pode ser que a fricção do clitóris não consiga ser feita durante a relação. E isso pode acontecer porque o clitóris está um pouco mais distante do orifício da vagina, o que dificulta ter orgasmo só com a penetração. Por isso, durante a relação sexual, também é interessante que a mulher se masturbe —o que pode ser feito por ela mesma ou com a ajuda do parceiro ou da parceira.
Outra atividade muito interessante é uma espécie de massagem em que cada um vai ter seu momento de explorar o corpo do outro com toques leves e sempre pedindo ao parceiro ou parceira para dizer os pontos onde sentem algum tipo de prazer. Essa atividade aumenta a intimidade do casal e facilita a estimulação do prazer nos locais certos e da forma de que o outro gosta. Por isso, a cumplicidade nesse momento é um ponto crucial.
Além disso, pode ser indicada a chamada fisioterapia pélvica, que faz com que a mulher trabalhe toda a musculatura do assoalho pélvico, que é bastante usado durante o ato sexual. Também é importante verificar se a lubrificação natural da vagina é suficiente para você sentir prazer. Uma boa tática é usar lubrificantes à base de água.
Vale saber, inclusive, que não conseguir atingir o orgasmo durante a relação sexual pode estar relacionado a algo físico. Portanto, é importante entrar em contato com o seu ginecologista para que ele possa investigar se você não possui alguma comorbidade, como diabetes, doenças cardiovasculares ou neurológicas. Isso porque essas doenças podem comprometer a resposta sexual, assim como outros problemas, como endometriose, cicatrizes de episiotomia, histórico de cirurgias pélvicas ou radioterapia na região.
Também é importante ter em mente que a ausência de orgasmo não deve ser encarada como uma falha, mas sim como uma nova oportunidade em conseguir viver novas experiências e explorar nossas formas de prazer.
Fontes: Ana Vitória Linard, médica ginecologista e sexóloga do HGCC (Hospital Geral Dr. César Cals), em Fortaleza (CE); Edyane Gomes de Brito, ginecologista e especialista em sexualidade do HU-UFMA (Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão) ligado a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Karen Rocha de Pauw, médica ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, de São Paulo (SP); Tamara Zanotelli, sexóloga, terapeuta e consultora sexual, de São Paulo (SP).
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