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Tenho acessos de raiva constantes, o que devo fazer para melhorar?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

08/03/2022 04h00

Resumo da notícia

  • Procure um psicólogo. O profissional irá ajudar nos pontos emocionais e comportamentais que estejam envolvidos com esse sentimento
  • Pode ser que o psicólogo indique a avaliação de um psiquiatra, que pode prescrever algum medicamento
  • Os remédios são indicados para pessoas que têm os chamados transtornos explosivos intermitentes

O primeiro passo é buscar um psicólogo, que irá ajudar com a parte emocional e comportamental. Por meio da psicoterapia, o profissional vai auxiliá-lo a identificar os possíveis gatilhos que estão levando às crises de raiva. Assim, ao se deparar com situações que podem causar o sentimento exacerbado, você conseguirá se controlar, ou até mesmo evitar esses momentos.

Caso seja necessário, o psicólogo também pode indicar a avaliação de um psiquiatra, que irá auxiliar na prescrição de medicamentos que contribuam com a diminuição dos acessos de raiva. Geralmente, este tipo de tratamento é indicado para pessoas que têm os chamados transtornos explosivos intermitentes, que é uma condição psicológica em que o paciente tem frequentes explosões de raiva e com comportamento agressivo.

No dia a dia dá também para tentar evitar que esse sentimento surja frequentemente. A prática de esportes é muito importante, principalmente daquelas atividades que vão gastar mais energia. Com elas, você vai conseguir canalizar a raiva e, consequentemente, diminuir o espaço dessa emoção dentro de você. Então, investir em modalidades como luta ou esportes radicais é uma ótima opção.

Por outro lado, atividades de relaxamento também são indicadas. Portanto, além dos exercícios físicos, busque momentos para meditar, ir para um local de descanso, por exemplo, ou contemplar a natureza. Isso ajuda a parar aquele ritmo acelerado. Afinal de contas, o acesso de raiva constante pode estar ligado ao estresse.

Vale saber que a raiva é um sentimento normal do ser humano. É uma forma do nosso organismo sobreviver e se proteger daquilo que entende como um erro, uma ameaça, frustração ou crítica. Inclusive, essa emoção pode aparecer em momentos de cansaço, irritabilidade, quando há falta de comida, abrigo, sexo, sono, entre outros. É uma forma de a gente se proteger.

O problema é quando a raiva começa a ultrapassar o limite do saudável, ou seja, você não consegue ter controle sobre as próprias ações e sofre com elas. Então, nestes casos, como dito, não hesite, busque sempre a ajuda de um especialista.

Fontes: Agamenon Onorio, médico psiquiatra, acupunturista e membro do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura; Gabriela Luxo, psicóloga, mestre e doutora em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e fundadora da Clínica Diálogo Positivo, em São Paulo; Liliana Seger, psicóloga clínica e coordenadora do PRO-AMITI (Programa para o Transtorno Explosivo Intermitente do Ambulatório dos Transtornos do Impulso) do IPq-FMUSP (Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

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