Verônica Laino

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Opinião

Protege coração, reduz hiperatividade e mais: veja 4 benefícios do magnésio

O magnésio é cofator para mais de 300 enzimas essenciais relacionadas ao bom funcionamento de uma série de tecidos e órgãos dos sistemas cardiovascular, neuromuscular e nervoso.

A seguir, veja benefícios do mineral.

Proteção cardiovascular e ação anti-hipertensiva

O magnésio já é bem consolidado na literatura por sua ação anti-hipertensiva. Isso porque, ao ser consumido, ele age como cofator na síntese da prostaglandina, que tem ação vasodilatadora, ou seja, ajuda a relaxar os músculos internos dos vasos sanguíneos, fazendo com que eles se alarguem, melhorando assim o fluxo sanguíneo, facilitando o transporte de oxigênio e nutrientes.

Outro benefício é que ele participa da liberação de óxido nítrico, que também tem ação vasodilatadora.

Ao consumir alimentos ricos em magnésio, o resultado é uma regulação do tônus vascular, reduzindo os riscos de aterogênese e trombose, além da calcificação vascular. Outro benefício é a modulação da contração miocárdica e condução intracardíaca.

A literatura mostra que existe um menor risco de mortalidade cardiovascular e menor risco de desenvolver quadros como insuficiência cardíaca e outras complicações microvasculares.

O magnésio pode ser absorvido através de uma dieta equilibrada ou, em casos de deficiência, suplementação, na forma de magnésio citrato, apartado ou taurato, que pode ser benéfica para pacientes que já apresentam riscos cardiovasculares.

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Imagem: Alena - stock.adobe.com

Mulheres com síndrome do ovário policístico

Em uma revisão sistemática/meta análise publicada em 2021, foi avaliado que mulheres com a síndrome do ovário policístico, ou SOP, tinham menores taxas de magnésio sérico, quando comparadas com mulheres que não tinham a síndrome. Quando os cientistas avaliaram essas mulheres, conseguiram correlacionar que quanto menores eram as taxas de magnésio, maior era o IMC delas.

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Ao aumentarem a ingestão de alimentos ricos em magnésio por dez semanas, observou-se que as mulheres melhoravam o funcionamento físico, reduziam a oscilação de humor, melhoravam a energia, reduzindo a fadiga, além de melhorarem o funcionamento social, gerando melhor qualidade de vida.

Mulheres entre 31 a 50 anos precisam consumir em torno de 320 mg de magnésio por dia. Boas fontes são: semente de abóbora (156 mg de magnésio em 30 g), semente de chia (111 mg de magnésio em 30 g), amêndoa torrada (80 mg de magnésio em 30 g) e espinafre cozido (78 mg de magnésio em 1/2 xícara).

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Imagem: iStock

Redução de hiperatividade

É cada vez mais comum o diagnóstico de pessoas com déficit de atenção e hiperatividade. Os estudos mostram uma correlação entre baixas taxas de magnésio e vitamina D e piores sintomas entre adultos e crianças.

Quando suplementados por oito semanas, foi possível observar uma melhora de vários fatores emocionais, como habilidade em resolver problemas e função cognitiva.

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O legal é que o estudo utilizou pequenas doses de magnésio para ter uma boa melhora, o que mostra que adequação da alimentação já seria suficiente, priorizando pelo menos um alimento rico em magnésio em cada refeição principal (café da manhã, almoço e jantar).

Boas fontes: semente de abóbora, semente de chia, amêndoa, espinafre, amendoim, feijão preto, pasta de amendoim, banana, leite e arroz branco.

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Diabetes tipo 2

O diabetes do tipo 2 é aquele que se inicia sem a dependência de insulina. Quando diagnosticado logo no início, é possível melhorar o quadro por meio de mudanças na alimentação e estilo de vida.

O magnésio pode ajudar muito nesse processo, já que tem um papel fundamental no metabolismo da glicose e insulina. A suplementação por três meses do mineral na forma de cloreto foi analisada em estudos e mostrou uma melhora significativa à sensibilidade à insulina, reduzindo inclusive o risco de doenças de dislipidemias em pacientes obesos propensos.

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Claro que a suplementação precisa vir em conjunto com mudanças da alimentação, mas é possível ajudar o paciente a sair mais rápido do quadro com o uso de magnésio. Após a estabilização da insulina e glicemia, é possível manter bons resultados apenas com o magnésio ingerido por meio da alimentação.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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