Coty tem prejuízo pior do que o esperado, com pandemia derrubando vendas
A fabricante de cosméticos Coty reportou hoje um prejuízo trimestral maior do que o esperado e uma queda de 56% nas vendas, com o fechamento de lojas e salões, causado pela pandemia do novo coronavírus, prejudicando a demanda por seus produtos de beleza.
As ações da Coty, a maioria das quais detida pelo conglomerado alemão JAB Holding, caíam 4% nas negociações de antes da abertura.
Em uma tentativa de se tornar mais ágil, a Coty agora está planejando vender ou fechar a maioria de suas fábricas e terceirizar mais operações para lidar com as consequências da crise da covid-19, informou o jornal Financial Times, citando o presidente da empresa, Peter Harf.
A Coty não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
As vendas em seu segmento de produtos de beleza ao consumidor caíram cerca de 55%, enquanto as vendas de sua unidade de luxo despencaram 71% no quarto trimestre fiscal, encerrado em 30 de junho.
A receita líquida caiu para US$ 922,1 milhões (R$ 5,16 bilhões), abaixo das expectativas de US$ 1,34 bilhão (R$ 7,5 bilhões). Excluindo itens, a Coty teve prejuízo de US$ 0,51 (R$ 2,86) por ação, acima das estimativas de US$ 0,12 (R$ 0,67), de acordo com os dados da Refinitiv.
A empresa, no entanto, espera um retorno do lucro no trimestre atual, depois de ver uma melhora em seus negócios gerais nos últimos dois meses.
"Achamos que será difícil convencer os investidores de que a Coty está em uma trajetória melhor", disse Lauren Lieberman, analista do Barclays.
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