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Menina manda carta ao chefe da mãe para liberá-la para festa e viraliza

A servidora Patrícia Finotti e sua filha Olívia, de 8 anos, autora da carta que viralizou  - Arquivo pessoal
A servidora Patrícia Finotti e sua filha Olívia, de 8 anos, autora da carta que viralizou Imagem: Arquivo pessoal

Ed Rodrigues 

Colaboração para Universa, do Recife

04/05/2022 14h08

Um pedido inusitado de uma menina de 8 anos viralizou nas redes sociais e sensibilizou funcionários do Procon de Goiânia, Goiás. De maneira bem formal, a pequena Olívia Finotti solicitou ao chefe da mãe dela que a servidora Patrícia Finotti fosse liberada do trabalho para participar da festa de Dia das Mães da escola. A garota enviou o pedido em uma comunicação por escrito e teve o desejo atendido.

A história viralizou depois que o advogado Nayron Toledo, diretor jurídico do Procon-Goiânia, divulgou a solicitação em uma de suas redes sociais. O jurista recebeu a carta, acatou o pleito e respondeu à pequena da mesma maneira. No ofício que libera a mãe de Olívia para a festa, no entanto, o defensor faz uma exigência: que a criança o visite no Procon e lhe dê um abraço.

"Doutor Nayron, quero te pedir para deixar minha mãe ir à apresentação da minha escola. Obrigada. Com atenção, Olívia", disse a pequena na solicitação. A homenagem ao Dia das Mães está marcada para esta quarta-feira (4).

"Eu recebi a cartinha do Dr. Nayron dizendo que liberou minha mãe. Então ela vai poder ir à minha escola. Fiquei muito feliz porque ele deixou. No dia que eu não tiver aula, eu vou lá, dar um abraço nele", disse a estudante do 3º ano fundamental a Universa.

A servidora Patrícia Finotti conversou com a reportagem. Ela conta que Olívia passou a semana passada cobrando um posicionamento da mãe sobre o evento. Ao comentar com o chefe sobre a ansiedade da filha, ele disse que a liberaria se a menina enviasse um pedido formal.

"Cheguei em casa, contei para Olívia e ela se pôs a escrever. Escolheu um papel que achou que ficaria mais elegante e fez um texto formal. A gente trabalha com escrita formal em casa, deve ter sido por isso", contou a mãe a Universa.

A cartinha de Olívia chegou ao destino e obteve o efeito esperado. O chefe de Patrícia recebeu o pedido e respondeu por meio de um despacho, também escrito a punho. "Entreguei a carta dela na sexta-feira e recebi a resposta logo em seguida. Quando cheguei em casa e mostrei para Olívia, ela ficou muito feliz. Se sentiu lisonjeada e muito importante", comenta.

Brincadeira

A mãe de Olívia seria liberada de qualquer forma, mas, ao saber da ansiedade da garota, o chefe resolveu fazer uma brincadeira descontraída.

"A servidora Patrícia já tinha entrado em contato comigo para ser liberada. E me contou que Olívia estava cobrando a resposta, se eu iria liberar ou não. Para brincar com a menina, porque a gente gosta muito da mãe dela e temos um carinho com todos aqui no ambiente de trabalho, eu disse que só autorizaria se tivesse um documento escrito, uma cartinha fazendo a solicitação", explicou o diretor jurídico do Procon-Goiânia.

Nayron Toledo lembra que o retorno na estudante foi rápido. No dia seguinte, a correspondência chegou cedo e deixou o advogado impressionado com o carinho e o esforço da menina.

"Foi muito legal. Cheguei ao Procon naquela correria do dia a dia. Entrei e a Patrícia estava com a cartinha. E você vê o carinho na carta. Ela usando as próprias palavras para fazer o pedido. Eu pensei que nada mais justo do que eu devolver a cartinha com outra cartinha. Aí parei e fiz de uma forma bem formal também", disse.