'Tinha uma pedra (no rim) no caminho da minha gravidez. Ainda bem!'

"Minha gestação foi normal. Não passei muito mal e não tive grandes questões, exceto pela diabetes gestacional que me acompanhou até o parto. O controle era medir a glicemia várias vezes por dia todos os dias.

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Meu bebê era grande e eu e minha médica havíamos decidido que ele deveria nascer com 38 semanas devido a essa diabetes. Estava tudo organizado. Mas, de repente, tive um sangramento com 36 semanas. Corri para o pronto-socorro da maternidade e começou todo o meu drama.

No hospital, descobri que o bebê estava bem, apesar de maior do que o esperado. O sangramento, porém, era por pedra no rim! Quando descobri, eles usaram medicação leve devido à gestação e eu não podia fazer nada além disso. Nenhum procedimento invasivo. Fui para casa no mesmo dia.

Depois de uma semana em casa, senti novamente uma dor muito forte nas costas e na lateral do corpo, nos dois lados. Provavelmente, as pedras (sim, eram nos dois rins) haviam se movimentado devido aos movimentos do útero. Corri novamente para o hospital, porque não poderia me medicar sozinha. Por alguns dias, segui uma rotina: tinha alta, voltava para casa, passava o efeito dos remédios e retornava novamente ao hospital, até que por lá fiquei.

Fizeram ultrassom renal e a bendita pedra não aparecia. Mas eu estava morrendo de dor. Não era o bebê que, apesar de grandão, estava bem. Os sinais vitais da criança eram medidos a cada três horas pelas enfermeiras. Fiquei internada para administrar a medicação na veia e o processo todo não ser muito sofrido.

A equipe vinha monitorando por meio de exames como cardiotoco e ultrassonografias. Quando completei 36 semanas e seis dias, os resultados começaram a não ser satisfatórios.

Gabi Domene e o filho Rafa: uma pedra do rim os salvou
Gabi Domene e o filho Rafa: uma pedra do rim os salvou Imagem: Acervo Pessoal

Era uma pedra no rim, virou um prematuro gigante

Só percebi que algo estava errado quando a equipe do hospital pediu para entrar em contato com a médica e todos começaram a se movimentar para fazer o parto antes da hora. Alguém disse: 'Santa pedrinha, hein?' e entendi que as coisas não estavam mais normais. O bebê estava entrando em sofrimento por falta de líquido amniótico.

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Quando os médicos perceberam que os resultados dos exames não eram satisfatórios e disseram que havia baixa atividade no útero, não sentia nada. Pelo contrário, para mim, parecia que Rafael estava se mexendo loucamente.

A partir daí, tudo foi muito rápido: meu marido havia voltado para casa para pegar umas roupas e foi acionado para voltar voando. O que era uma pedra no rim ia virar um parto prematuro e a criança precisava nascer naquele momento. Sem a pedra, eu provavelmente não teria me dado conta do risco.

Rodrigo chegou 15 minutos antes de Rafael nascer. Deus é muito maravilhoso e colocou uma pedra no meu caminho para que tudo ocorresse como deveria acontecer. Se eu não estivesse internada, não estaríamos monitorando o bebê. Não teríamos visto que ele era muito grande, que estava quase sem líquido e que estava começando a entrar em sofrimento. Se eu não estivesse ali, talvez só percebesse que ele parou de se mexer tarde demais. Teríamos esperado as 38 semanas e ele não teria nascido.

A pedra salvadora deve estar nos rins até hoje — nunca mais senti nada. Rafa nasceu prematuro, com 3,780 kg. Ficou na UTI por três dias para maturar o pulmão. E hoje é um bebê lindo e saudável, o amor da minha vida. No fim, deu tudo certo."

Gabriela Domene, arquiteta, 37 anos, mãe de Rafael, 6 meses

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