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Melasma: novos aparelhos de laser são usados para combater manchas, conheça

Getty Images
Imagem: Getty Images

Paula Roschel

Colaboração para Universa

13/03/2019 04h00

O surgimento inesperado de manchas acastanhadas pelo rosto é comum e pode ser incômodo para quem tem melasma. O problema ainda não tem cura, mas é possível minimizar o quadro com sessões de um novo tipo de laser que acaba de chegar ao Brasil. A tecnologia promete deixar a pele homogênea de forma mais efetiva, sem o efeito rebote de técnicas mais antigas -- que podiam piorar o quadro após um tempo de melhora.

O melasma é uma condição genética que pode surgir na face (mais comum), braços, pescoço e colo e se caracteriza pela produção exagerada de melanina, que dá cor a pele, olhos e cabelos. "Para a pessoa ter melasma, ela precisa herdar esses traços do pai, da mãe ou de ambos para que, em determinado momento da vida, ocorra um gatilho e as manchas comecem a surgir", diz o dermatologista especialista em cosmiatria Alberto Cordeiro, da Horaios Estética, de São Paulo.

Tais gatilhos estão associados à exposição solar e hormônios, como o uso de anticoncepcionais, terapias de reposição hormonal e gravidez. Além disso, certas luzes do nosso cotidiano também podem agravar a questão. " A luz do celular, como todas as outras luzes visíveis presentes em lâmpadas ou na tela dos computadores, pode piorar o quadro de melasma", explica o dermatologista.

Como o laser funciona?

O protetor solar pode ser considerado o melhor amigo de quem quer evitar o surgimento de manchas ou a piora do melasma, mas não é o único aliado. Apesar dos peelings e cremes clareadores serem bastante indicados, uma nova tecnologia em aparelhos de laser chega ao mercado brasileiro com ótimos e duradouros resultados contra marcas persistentes.

"Basicamente, o laser pode ter um efeito térmico na pele, onde a energia luminosa é convertida no calor que pode queimar um bulbo capilar ou estimular o colágeno. Mas tem um porém: o calor pode piorar o melasma. Daí surgiu a ideia de utilizar um laser diferente, chamado de Q-Switched. A opção é fotoacústica, então não transfere calor e ao mesmo tempo fragmenta os depósitos de melanina, controlando o melasma", explica Abdo Salomão Jr, sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Atualmente, tais plataformas acústicas podem sem encontradas em clínicas com o nome comercial Vektra QS Microtarget e Starwalker, o mais novo queridinho do momento: "Além da ausência de calor sobre a pele, o Starwalker tem dois tipos de pulsos, com dois comprimentos de onda que conseguem abranger tanto os pigmentos menores quanto os maiores", explica Alberto Cordeiro. A aplicação é confortável e leva apenas dez minutos.

Manutenção

O único porém é que o laser sozinho não faz milagre. Como as manchas podem voltar a qualquer momento, o ideal é seguir um protocolo e não apenas investir em sessões aleatórias, além de caprichar no protetor solar. "O tratamento inicial sugerido engloba quatro sessões. Posteriormente, eventuais manutenções mais espaçadas devem ser feitas, se necessário", explica o dermatologista Fernando Macedo, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, de São Paulo.

Laser Q-Switched contra melasma

O que é? Laser para remoção de manchas e tatuagens. Pode ser encontrado no mercado com o nome Vektra QS Microtarget ou Starwalker.
Resultados esperados: Remoção parcial ou total do melasma por meio de uma tecnologia sem calor.
Duração: No máximo, dez minutos.
Quantidade de sessões: São indicadas quatro sessões com espaçamento de três semanas entre elas.
Contraindicação: Pacientes com vitiligo e gestantes.
Manutenção: Após protocolo inicial, uma sessão a cada dois ou três meses.
Valor da sessão: A partir de R$ 2.000.

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