Tarantino defendeu Polanski sobre abuso de garota de 13 anos: "Ela queria"
Uma entrevista dada por Quentin Tarantino em 2003 ao radialista Howard Stern foi republicada pelo site "Jezebel" nesta terça, 6, e vem provocando revolta em fãs nas redes sociais após o criador de "Kill Bill" afirmar que se lembra de maneira diferente do episódio divulgado por Uma Thurman ao "New York Times" no sábado, 3.
Nela, a atriz diz que Tarantino foi negligente que seria responsável por ela ter quase morrido nos bastidores da produção. Durante a mesma entrevista, Uma também revela que Tarantino sabia dos abusos cometidos por Harvey Weinstein — inclusive contra ela.
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No áudio feito há 15 anos, Quentin Tarantino defendeu o também diretor Roman Polanski, que vive no exílio na França desde 1978 após ter sido condenado nos EUA pelo crime de estupro de uma garota de 13 anos, Samantha Geimer.
"Ele não estuprou uma menina de 13 anos. Foi estupro de vulnerável, o que não é a mesma coisa. Ele fez sexo com uma menor. Isso não é estupro. Para mim, quando você usa a palavra 'estupro', você está falando sobre violência. Isso, sim, é um dos maiores crimes do mundo", afirmou.
Durante o processo, na época, foi revelado que drogas e álcool também foram oferecidas à Samantha durante uma festa na casa de Jack Nicholson, pouco antes de o estupro acontecer.
"Ele foi acusado de fazer sexo com uma menor de idade. Ela queria fazer sexo com ele. Ela namorou o cara". Ele ainda disse que o ocorrido "não é estupro para essas garotas festeiras de 13 anos".
Samantha Geimer, hoje com 54 anos, comentou as declarações de Tarantino ao jornal "New York Daily News".
"Ele está errado e espero que saiba disso. Torço para que ele não se torne um babaca e continue falando desse jeito", disse ela. "Não estou chateada, mas eu provavelmente me sentiria melhor se ele percebesse hoje, depois de 15 anos, que está errado. Ninguém precisa sentir raiva por mim. Estou bem."
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