Halle Berry fala sobre denúncias de assédio contra ex-empresário: "Enojada"
Depois de seu ex-empresário, Vincent Cirrincione, ter sido acusado de assédio sexual por nove mulheres através de reportagem do jornal "The Washington Post", a atriz Halle Berry se manifestou sobre o caso e afirmou que irá lutar pelas sobreviventes da violência.
A vencedora do Oscar já havia comentado ao jornal na sexta, dia 2, que se sentia entristecida com as notícias.
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"Há mais de três anos, uma mulher disse a uma estação de rádio que a pior experiência que ela tinha tido de casting, em um sofá, foi com o empresário de Halle Berry. Aquela notícia me congelou. Eu confrontei Vince imediatamente e ele negou completamente a acusação. Mas, mesmo com a negativa dele, algo não parecia correto para o meu espírito. E com a possibilidade de que pudesse ser verdade, eu imediatamente terminei minha relação de mais de 25 anos com ele", explicou.
"Apesar de Vince nunca ter feito um gesto inapropriado em relação a mim, e de eu não ter ouvido sobre este tipo de comportamento de nenhuma mulher ou homem enquanto trabalhávamos juntos, eu sempre tive uma política de tolerância zero quando o assunto era este. Meus sentimentos para qualquer pessoa que tenha sido submetida a este tipo de comportamento, eu apoio sua força e coragem", concluiu à publicação.
A atriz, no entanto, usou suas redes sociais para endurecer seu posicionamento em relação à Vincent. "Ontem, fiquei triste de ouvir as alegações contra meu ex-empresário, Vincent Cirrincione, mas hoje estou enojada de ler os detalhes horríveis dos relatos de nove mulheres abusadas [por ele]", começou em um post no Twitter.
"Estou lívida que ele tenha usado o meu nome e o modelo exemplar que ele ajudou a me tornar para atrair e manipular mulheres de cor inocentes e vulneráveis para suas ações predatórias. [Me sinto] profundamente machucada e quero que estas mulheres e tantas outras saibam que eu as vejo. Que eu as ouço. Que elas importam. E que eu lutarei por elas".
Halle Berry é parte do coletivo de atrizes envolvido na iniciativa "Time's Up", que combate o assédio e o abuso sexual na indústria do entretenimento de Hollywood.
De acordo com o "Post", as nove mulheres foram alvo do assédio de Vincent entre 1993 e 2011. Ele teria se masturbado frente a uma delas e chantageado outras ao colocar sexo como condição para o contrato. Ao ouvir "não" como resposta, ele se recusava a tê-las como clientes.
Nenhuma denúncia foi feita ainda à polícia americana. Vincent assumiu ao jornal através de comunicado que fez investidas de relacionamento sexual consensual com algumas de suas clientes e que foi infiel às suas parceiras diversas vezes na sua vida. Ele, no entanto, nega ter assediado mulheres ou pedido favores sexuais em troca de representação no mercado.
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