'A dance music é o som de agora': quem é o DJ que encerra Rock in Rio 2024
A dance music está cada vez mais popular. Não apenas é protagonista de gigantescos eventos pelo mundo, como o Electric Daisy Carnival, em Las Vegas, o Untold, na Romênia, ou o Sunburn, na Índia, como ocupa grande espaço em festivais pop, como o Rock in Rio.
Um dos principais nomes da festança carioca é Kaskade, DJ americano que tem no passaporte o nome Ryan Raddon e que há duas décadas é sinônimo de pistas de dança enormes, movidas a faixas frenéticas e pulsantes. Ele vai se apresentar no Rock in Rio no domingo (22), fechando não apenas o palco New Dance Order, mas o festival inteiro.
Em entrevista a Toca, Kaskade é direto ao ser questionado por que a dance music tornou-se tão popular: "Porque é o som de agora". Como assim, o som de agora?
"Cada geração tem o seu som. Na época da minha mãe e do meu pai, eram os Beatles. Hoje todo mundo sabe quem são David Guetta, Calvin Harris, Deadmau5, Kaskade. Essas são as bandas, os músicos de agora", aponta.
Acho que tem a ver com a tecnologia. Estou sentado agora com o meu laptop. Nesses computadores que a gente tem hoje, você coloca alguns poucos softwares e já consegue produzir. Você não precisa de muita coisa para começar a fazer música eletrônica Isso é atraente para muitos jovens. Há 20 anos, isso acontecia isso com a guitarra. Você ganhava uma guitarra de Natal, ou no seu aniversário, e aí aprendia como tocá-la. Hoje em cada casa há um computador, e dá para colocar um software e começar a produzir beats. Isso mudou o som que se faz hoje. Kaskade
Kaskade fala com propriedade. Nasceu e cresceu em Chicago, e ali, no berço da house music, aprendeu a gostar do gênero ao ouvir sets de gente como o papa Frankie Knuckles no clube Medusa's.
Já adulto, passou anos em Salt Lake City, no estado de Utah, para cursar faculdade. Depois, mudou-se para San Francisco. Ali, no início dos anos 2000, começou a trabalhar no selo Om, que lançou faixas de produtores como Mark Farina e a dupla Groove Armada.
Ele soltou o primeiro disco solo, "It's You, It's Me", em 2003. O segundo, "In the Moment", saiu no ano seguinte. Ali, Kaskade já se tornava um nome global da dance music.
"Quando me perguntam que tipo de música eu faço, sempre olho para trás, para quando era adolescente em Chicago. Foi onde a house music começou e o que me inspirou para entrar na música", conta.
A minha música é mais musical do que as produções da maioria dos artistas de EDM, porque dou muita importância ao processo de composição. Kaskade
Ao olhar para trás, Kaskade relembra que "a eletrônica estava sempre relegada a um palco bem pequeno nos festivais, ou nem era convidada para os festivais maiores. Mas foi crescendo e crescendo". Cresceu tanto que, hoje, dance music fala de igual para igual com rock, rap e pop.
"Hoje, qualquer cidade no mundo tem um festival de música eletrônica, se não tiver vários. Aqui em Los Angeles temos uns 20 apenas com artistas de dance music. Testemunhar essa música saindo de uma cena underground, obscura e virando algo como música pop, é algo incrível."
Mas ele Imaginava que isso pudesse acontecer? "Nunca. Não achava que fosse virar algo tão grande. Eu toquei num Super Bowl! Atualmente é algo comum para mim tocar para 50 mil, 60 mil, até mesmo 100 mil pessoas. Parece que os palcos estão ficando cada vez maiores! Nunca imaginei que chegaria neste tamanho, nesta popularidade", diz o DJ que se apresentou no principal jogo do futebol americano no início deste ano.
Sobre a apresentação no Rock in Rio, ele adianta que vai tocar "muitas músicas novas". "Tenho várias músicas ainda não lançadas que venho testando nos meus sets recentes. E, claro, vou tocar vários clássicos. Então será uma mistura do novo com o antigo. Prepare-se para momentos que vão mudar a sua vida!"
Kaskade no Rock in Rio 2024
Quando: domingo (22), às 2h30 (madrugada do dia 23)
Onde: Cidade do Rock
Quanto: ingressos esgotados
Classificação: 16 anos
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